Medicina chinesa: tecnologia milenar que pode inovar e reduzir os custos da saúde no Brasil

É consenso entre os players da saúde que o atual modelo adotado pelo setor não suportará os custos futuros, resultantes do envelhecimento da população e que a inovação é o caminho necessário e eficaz para resolver o problema.

Porém, inovação não é sinônimo de avanço tecnológico; ela é apenas uma das formas de se inovar algo. Em alguns casos, inclusive, a tecnologia visa muito mais assegurar interesses e lucratividade de determinados grupos do setor que propor uma solução efetiva para um problema que é de todos: transformar um sistema que hoje administra doenças e doentes e, por isso, custa caro, em um modelo que proporcione saúde por meio da prevenção e do cuidado integral do indivíduo.

Por isso, vejo a introdução da medicina tradicional chinesa (MTC) nos sistemas público e privado de saúde brasileiros como um caminho inovador não só para melhoria da qualidade de vida de milhares de pessoas, mas principalmente para a redução dos custos com a cadeia da saúde.

No Brasil, dados do próprio Ministério da Saúde mostram que em 2016, mais de 2 milhões de atendimentos práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) foram realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todo o País. Desses, 770 mil foram de medicina tradicional chinesa.

Recentemente uma delegação da Administração de Medicina Tradicional Chinesa do Governo da República da China esteve no Brasil, para discutir o projeto de implantação do primeiro hospital chinês da América Latina, a ser construído em parceria com o governo paulista, que irá aliar técnicas ocidentais à medicina tradicional chinesa para prevenir e tratar doenças.

Mesmo com todas essas evidências e inúmeros estudos científicos que comprovam a eficácia da MTC, poucas empresas brasileiras têm investido nesse setor. Um exemplo positivo, entretanto, é a Taimin, empresa acaba de lançar a sua quarta unidade de negócios, que é 100% dedicada ao desenvolvimento e comercialização de produtos inovadores em MTC.

Para isso, a Taimin firmou parceria com os dois mais importantes laboratórios da China, que desenvolvem os produtos à base de extratos de vegetais, minerais e fungos extraídos de cogumelo, utilizando o processo farmacotécnico original chinês wan (pílulas no português), que preserva a integralidade dos extratos utilizados, potencializando o efeito terapêutico das fórmulas.

Quem sabe a partir desse e de outros projetos cheguemos ao consenso que a inovação em saúde passa, além da implementação de avanços tecnológicos, por saber aproveitar e resgatar a sabedoria milenar da medicina que vem do Oriente.

*Marcos Tam é economista pela FEA-USP, com pós-graduação em Economia (Fundan University – China) e Administração de Empresas (FIA Business School) e diretor financeiro da Taimin.

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