“Medir os tempos dentro do hospital ou jogar milhões pelo ralo?”, por Victor Basso, da Opuspac

Nós da Opuspac somos industriais. Muitos dos procedimentos nos hospitais são automaticamente comparados com os procedimentos habituais da indústria.

Em 1911 – Frederick Winslow Taylor escreveu seu livro “Princípios da Administração Científica” e foi um evento especial para a indústria. Preconizava a divisão de tarefas por especialidades, medição de cada tarefa e suas otimizações. Assim na indústria, faz muito tempo que medimos todas as tarefas a fim de otimizá-las.

A medicina nessa época começava a decolar, mas Alexandre Fleming demoraria até 1928 para descobrir a penicilina, que foi também outro evento marcante.

Um hospital moderno tem tarefas exclusivamente clínicas e outras que podemos considerar similares a outros setores, sejam estes industriais ou administrativos. Reconhecermos estas classificações entre as atividades, talvez seja o primeiro passo de gestão em muitos hospitais, onde essa divisão entre as caraterísticas de cada tarefa ainda não está bem definida.

Como por exemplo, um profissional no hospital que executa uma tarefa e cumpre com o necessário, pode estar durante mais de 30 anos, fazendo o mesmo procedimento, sem que ninguém emita uma alerta que sua atividade está com apenas 30% de rendimento e deveria melhorar.

Com tantas tarefas de logística e de produção, como a unitarização de doses, os hospitais têm começado a absorver profissionais da indústria, focando mais seriamente na produtividade. Igualmente nos EUA a gestão hospitalar é executada por gestores especializados e não por profissionais clínicos da área da saúde.

O médico que se formou com a disciplina que cada paciente é diferente e que cada doença é um caso, possui dificuldade para padronizar operações e segue considerando que cada problema é um caso que deve resolver separadamente.

As bases de uma boa gestão são: padronizar, efetuar uma avaliação comparativa (benchmarking) medir e corrigir. Então, encontrar um profissional medindo os tempos de execução de tarefas e movimentos dentro do hospital deveria ser mais comum.

Hoje mais que nunca, um hospital é um local multiprofissional onde convivem gestores, advogados, engenheiros clínicos, administradores, gerentes de logística, especialistas de recursos humanos, todos colaborando para que a complexa “máquina hospitalar” e o trabalho profissional dos médicos possam ser realizados nas melhores condições.

Victor Basso, Diretor Opuspac Ltda Opuspac University

Link Artigo texto completo no Blog:  https://opuspac.com/br/artigos/530-2/

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