Novo boletim econômico da Federação dos Hospitais aponta crescimento do setor saúde

A saúde está entre os cinco principais setores da economia que recebeu investimentos privados com transações de fusões e aquisições especialmente de grupos estrangeiros. Segundo dados da Consultoria PWC, 52% do volume de negociações em 2018, são referentes às áreas de TI, serviços auxiliares, serviços públicos, financeiro e serviços de saúde.

O Boletim Econômico de número 6, editado pela FEHOESP- Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, faz um radar do setor no primeiro trimestre do ano, que contabilizou crescimento de serviços de saúde com a abertura de 4.447 novos estabelecimentos de saúde no trimestre e a criação de 28.368 vagas de empregos formais no setor.

Segundo o presidente da FEHOESP, o médico Yussif Ali Mere Jr, o crescimento da saúde foi pequeno.”E só cresceu por investimentos do setor privado e pela grande necessidade da população por assistência médica. O que o país precisa é maior integração das redes pública e privada e a aprovação das reformas estruturais propostas pelo Ministério da Economia.O país precisa crescer para gerar desenvolvimento e mais empregos. Se tivermos uma economia forte, o segmento saúde vai experimentar um crescimento excepcional”, prevê.

Mais empregos na saúde

No acumulado de janeiro a março de 2019, segundo dados do CAGED, do Ministério do Trabalho, houve abertura de 28.368 vagas com carteira assinada nas atividades do setor de hospitais, clínicas e laboratórios no Brasil, totalizando o contingente de 2.180.601 trabalhadores.

Entre as atividades que mais contrataram, destaca-se a criação de 16.541 postos de trabalho no “atendimento hospitalar” e também a geração de 5.451 vagas de trabalho na atividade “médica ambulatorial”, no período em questão, em relação a dezembro de 2018. O Estado de São Paulo registrou em março de 2019 o contingente de 717.947 trabalhadores no setor de hospitais, clínicas e laboratórios. No acumulado do ano, o setor gerou 6.772 vagas, destacando-se a geração de 2.378 postos na atividade “atendimento hospitalar”. O Estado de São Paulo emprega 33% do contingente de trabalhadores alocados no setor no país.

Mais serviços de saúde privados e menos planos de saúde

No acumulado de janeiro a março de 2019, o número de estabelecimentos dedicados à saúde no Brasil cresceu 1,4%. No total, foram abertos 4.447 novos estabelecimentos na comparação com dezembro de 2018, destacando-se a abertura de 2.237 consultórios no Brasil e 280 unidades de empresas dedicadas à prestação de serviços de apoio à diagnose e terapia.

Por outro lado, no Brasil, até fevereiro de 2019, houve a perda de 49,2 mil beneficiários de planos de saúde, na comparação com dezembro de 2018 (último dado disponível) e, concomitante, ingresso de 35,2 mil novos beneficiários no Estado de São Paulo, último dado disponibilizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), até a publicação deste Boletim. Isso significa que a perda de beneficiários de planos está ocorrendo fora do Estado de São Paulo.

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), em março de 2019 estavam registrados no Estado de São Paulo 80.963 estabelecimentos de saúde, dos quais 1.192 novos.

Em comparação com dezembro de 2018, houve crescimento de 1,5%. .Do total de 1.192 estabelecimentos novos no Estado, 1.135 são privados, destacando-se a abertura de 723 consultórios, 235 clínicas e ambulatórios especializados e 45 estabelecimentos voltados ao serviço de apoio à diagnose e terapia.. Quanto aos estabelecimentos de saúde da administração pública em São Paulo, foram abertas 34 unidades e outros 23 novos estabelecimentos por entidades sem fins lucrativos no período.

 

 

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