Noxtec busca unificar dados dos pacientes com plataforma Fusion
Destaque nas discussões recentes, a interoperabilidade tornou-se essencial para a modernização das instituições de saúde. É nesse universo, vasto de tecnologias voltadas à informatização de unidades e serviços de atendimento em Saúde, em que a Noxtec atua, buscando resolver o desafio de unificar os dados dos pacientes.
“Dispomos de uma plataforma de interoperabilidade capaz de unificar qualquer uma destas tecnologias – mesmo em casos de sistemas desenvolvidos em linguagens defasadas e garantindo total conformidade à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), através do consentimento e rastreabilidade de acesso”, afirma o CEO da Noxtec, Robson Catão.
Catão comenta, ainda, que o setor da Saúde é considerado o segmento de maior relevância para aplicação da LGPD. Isso porque todos os dados sensíveis dos atendimentos clínicos em Prontuários Eletrônicos dos Pacientes (PEPs) e informações sigilosas sobre a Saúde do paciente, estão armazenados no banco de dados das tecnologias que atuam no setor.
Barreiras para a integração
O Diretor Comercial da empresa, Thiago Uchôa ressalta que um dos problemas na tentativa de solucionar a falta de integração entre as plataformas em uma instituição de Saúde é a complexidade com que gestores da área ainda enxergam o assunto.
Outro desafio, conta, é o conceito tradicional do setor, que passa, por exemplo, pela padronização de sistemas de todas as unidades de uma rede de hospitais, quando todas precisam adotar uma mesma aplicação.
Essa visão exclui a vantagem da interoperabilidade, que surge justamente para viabilizar a integração de diferentes sistemas, descomplicando a análise de bancos de dados em pleno funcionamento.
Uchôa ressalta a importância da interoperabilidade para a evolução do segmento, comparando com o sucesso do modelo implantado entre os bancos: “Se o setor bancário conseguiu realizar o Open Banking, na saúde não pode ser diferente.
Assim como a ‘portabilidade’ de um correntista e seus produtos podem transitar entre bancos, por que dados de saúde não podem transitar entre sistemas? Estamos ajudando a salvar vidas e estabelecer políticas públicas baseadas em fatos e dados”, comenta.
Além disso, Uchôa aborda outro fato também desafiador: a insegurança causada nesses gestores pela concorrência entre os provedores de tecnologias. Segundo afirma, existe o receio de uma quebra de segredo de negócio, o que leva a uma tentativa de blindar as aplicações e bancos de dados da empresa.
Questão de confiança
Em meio aos desafios impostos aos gestores, a empresa tem atuado com foco em fornecer integrações seguras e confiáveis, visando superar os receios que os executivos relatam nesse processo.
Para isso, conta com a plataforma Fusion, desenvolvida pela Sisqualis, que possui o padrão HL7, uma referência internacional em interoperabilidade.
“Promovemos um diálogo onde apresentamos um novo posicionamento que vem sendo adotado no mercado brasileiro e baseado em modelos consolidados nos EUA e União Europeia há anos.
Utilizando padrões internacionais de integração de dados clínicos, trazemos maior confiabilidade e a adoção do conceito de cooperação”, afirma o fundador e sócio-diretor da Sisqualis, Guilherme Sander.
Esse padrão permite que a solução se comunique com qualquer outra tecnologia que adote tal modelo, mesmo que não adotem o padrão HL7. Também possibilita um barramento LGPD que permite que garante o não vazamento de dados sensíveis dos pacientes.
Sander explica um case que ilustra a importância da solução: “Há quatro anos implantamos nossa solução para integrar unidades da rede Distrital de saúde que usam duas soluções distintas e havia um desafio de obter um prontuário único, mas o tempo e esforço para uma eventual substituição de qualquer um dos sistemas era inviável.”
E completa: “Então, adotamos o Fusion para integrar os sistemas SoulMV e TrakeCare – Intersystems, aplicamos nosso visualizador clínico embarcado em ambos os prontuários em questão. Dessa forma, os dados coletados de um sistema ficam disponíveis para visualização no outro sistema e vice-versa.”
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