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O futuro da Saúde está nas mãos do paciente

A cada dia, guias impressas dão lugar a prontuários eletrônicos, sistemas passam a conversar entre si com mais eficiência e o paciente deixa de ser um mero espectador para se tornar o verdadeiro protagonista do seu próprio cuidado.

Vivemos a era da digitalização da saúde.

A cada dia, guias impressas dão lugar a prontuários eletrônicos, sistemas passam a conversar entre si com mais eficiência e o paciente deixa de ser um mero espectador para se tornar o verdadeiro protagonista do seu próprio cuidado.

Mas, diante desse avanço, surge uma questão fundamental: a quem pertencem as informações de saúde?

A resposta é clara — os dados pertencem ao paciente.

Essa premissa é a base para a construção de um sistema mais justo, eficiente e centrado nas pessoas.

Historicamente, os dados clínicos ficaram pulverizados entre hospitais, clínicas e laboratórios, sem qualquer integração entre eles.

Essa fragmentação comprometeu a continuidade do cuidado, expôs riscos evitáveis e gerou custos desnecessários.

Basta imaginar um cenário comum: um paciente com diabetes é atendido no hospital A e, dias depois, no hospital B.

Sem sistemas interoperáveis, todo seu histórico precisa ser recontado para garantir a segurança do atendimento. Essa desconexão provoca atrasos, eleva riscos e penaliza o próprio paciente.

Com o avanço das tecnologias e a adoção de padrões abertos de interoperabilidade, esse paradigma está mudando.

Hoje, é possível integrar informações de forma segura e devolver ao paciente o controle sobre sua própria história clínica.

Essa visão se fortaleceu no Web Summit Rio 2025.

Cada vez mais empresas estão investindo na criação de infraestruturas tecnológicas baseadas em padrões abertos, que sejam capazes de promover a verdadeira interoperabilidade entre sistemas de saúde.

Essa arquitetura vai além da conectividade técnica: ela é sustentada por princípios éticos e pelo compromisso com a segurança e a privacidade dos dados.

Todos os acessos às informações clínicas são realizados com o consentimento explícito do paciente, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e os mais altos padrões de cibersegurança e conformidade regulatória.

Essa abordagem garante transparência, rastreabilidade e autonomia.

O paciente sabe quem acessou suas informações, quando e para qual finalidade — e tem o direito de decidir com quem deseja compartilhá-las.

Essa camada de confiança é indispensável para qualquer transformação digital verdadeira no setor de saúde.

Ao colocar o paciente no centro e garantir a ele a posse efetiva dos dados, a tecnologia assume seu papel mais nobre: facilitar o cuidado, fortalecer vínculos e democratizar o acesso à informação de maneira responsável.

Mais do que um avanço tecnológico, o que se propõe é uma transformação cultural.

A saúde do futuro não será apenas digital — ela será profundamente humana. E os dados serão a ponte entre o conhecimento médico e a autonomia do paciente.

Tecnologia a serviço das pessoas. Dados nas mãos de quem mais importa: o próprio paciente.

**Artigo escrito por Andrey Abreu, Diretor Corporativo de Tecnologia da MV

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