“O marketing 360 e a evolução do mercado da saúde na pandemia”, por Luís Barros, da MV

A pandemia acelerou em anos o desenvolvimento de vários setores da economia, em especial o da saúde. As evoluções tecnológicas, o surgimento de centenas de novas startups especializadas e a consolidação das grandes healthtechs como provedoras de soluções cada vez mais completas, valorizaram o setor como um todo. Um terreno que antes era para poucos, cresceu e desenvolveu uma competitividade jamais vista nesse mercado.
É neste momento, que o Marketing tem se tornado um diferencial.

Bom, logo que entrei na MV, há pouco mais de dois anos, percebi que a área, representando uma tendência de mercado, tinha um direcionamento quase que 100% para eventos, sob a crença de que o relacionamento presencial era a principal fonte de resultado para campanhas de comunicação. Pouco depois veio a pandemia e fomos levados para um caminho já trilhado por muitos e já bem desenvolvido em outros setores da economia, o de produzir campanhas cada vez mais completas, tendo o olhar para estratégias personalizadas para marca, produto, colaboradores, clientes e mercado.

Para apoiar nosso pleito internamente, fizemos pesquisas e levantamentos de mercado. Na principal delas questionamos cerca de 30 mil decisores da saúde e recebemos uma resposta, não tão surpreendente, de que 75% deles(as) consideravam a MARCA como principal atributo no momento da compra de uma solução. Neste caso, questionamos: será que estar apenas em eventos é o caminho para um melhor resultado? E em eventos, apenas “estar presente” para buscar relacionamento é efetivo?

O caminho para chegar até esta resposta passa por um planejamento completo.

Em uma campanha 360°, precisamos desenvolver uma estratégia omnichannel que consiste em ativar um conjunto de canais de comunicação consumidos diariamente por nosso público-alvo. É fundamental levar em consideração TV, Rádio, Redes sociais, Site, e-mail, OOH, mobile, eventos, entre outros. As opções são numerosas, por isso é importante entender sua segmentação, não só geral (institucional), mas por produto.
Também neste estudo identificamos o perfil do público da saúde. Para muitos seriam pessoas mais experientes, que não consomem o digital e são 100% relacionais. Será mesmo?

Na verdade, o gestor na área da saúde tem hoje, na sua maioria, entre 35 e 50 anos. E quem nessa faixa etária, em algum momento do seu dia, não assiste um programa de TV (seja esportes, telejornais, etc), não lê uma revista setorizada, não escuta rádio ou algum app de música no caminho do trabalho, ou não tem uma conta nas principais redes sociais?

É por isso que um bom conhecimento de mercado e produto são essenciais nesse momento. Entender quem é exatamente seu público, onde ele está naquele momento em que não se encontra no local de trabalho e definir a estratégia perfeita. É nessa hora que você encaixa sua marca, que cria uma ligação ou mostra que você pode ser a empresa que vai resolver aquela dor que “tira a tranquilidade” dele nas oito, ou mais, horas diárias
Um ponto importantíssimo: é fundamental ter um fluxo de mensuração de resultado para cada ação e meio selecionado. A escolha e acompanhamento dos KPIs é o que vai servir de base para o desenvolvimento de campanhas cada vez melhores com o passar do tempo, e para o aprendizado global. Cada produto e marca têm uma característica, até quando são concorrentes diretas.

O marketing já é parte essencial das melhores e mais estruturadas organizações do mundo, mas ainda em muitas é visto como custo, pois somos “marketeiros” (estranho como essa palavra tem uma conotação quase que negativa, já percebeu)? O caminho é estar sempre munido de dados, mapeando e provando o retorno de cada centavo investido.

Já fica então a deixa para falarmos mais sobre isso em um próximo tema! Até lá.

**Artigo escrito por Luis Costa Barros, CMO da MV.

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