A crise sanitária mundial provocada pela pandemia do novo coronavírus, que vitimou até o momento mais de 1,5 milhão de pessoas, evidenciou a importância da saúde, desafiando a capacidade de resiliência, inovação e transformação de todos os colaboradores envolvidos no setor. Nesta semana, Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte deram início à vacinação em massa da população, uma ação estratégica em meio à segunda onda do vírus na Europa e um agravamento da doença no Brasil.
O capital destinado e a quantidade de pessoas infectadas pelo vírus facilitou a dinâmica de produção destes imunizantes, um exemplo é o número de vacinas em teste ou que pretendem ser utilizadas no Brasil, dentre elas a fabricada pelas empresas Pfizer e Biontech, que aguarda o termo de permissão de compra e a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan, que no momento enfrenta as divergências entre governo do estado de São Paulo e governo federal para sua aquisição.
Além da velocidade dos pesquisadores para que a vacina seja aprovada, fabricada e distribuída, diversos outros fatores têm impacto em uma situação de pandemia, como a que vivenciamos agora. O que está mais em voga atualmente é a porcentagem mínima para que a imunização seja efetiva. Ainda há resistência da população devido às incertezas que permeiam a Covid-19 e sabemos que só poderemos avaliar, de fato, a eficácia e a intervenção dos imunizantes ao longo dos anos a partir do ritmo de avanço que será imposto à doença.
O importante é que mesmo com o sistema de produção avançado e em caráter emergencial, as empresas priorizem a ética e deixem de lado suas posições políticas, respeitando as etapas principais das pesquisas clínicas, necessárias para a liberação destes imunizantes, antes de submetê-los à aprovação dos órgãos reguladores. Desta maneira, garantindo a segurança da população.
No Brasil, a previsão de início da vacinação emergencial (para atender uma pequena quantidade de pessoas) é janeiro de 2021. Portanto, é necessário considerar que as doses chegarão aos poucos e que os primeiros a serem vacinados serão idosos, grupos de risco e profissionais da saúde, consequentemente sabemos que a imunização de toda população levará tempo. Além disso, algumas vacinas exigem segunda dose de reforço.
O fato é que não podemos baixar a guarda. Observamos a crescente desmobilização do isolamento social e a exaustão da população com a higienização compenetrada e frequente, enquanto pesquisadores e empresas do ramo têm trabalhado intensamente. Entendemos que vivenciamos um momento delicado e que a agilidade e a perícia dos estudos e aprovações, determinante para frear o contágio, reitera a responsabilidade científica no mundo.
**Artigo escrito por Edmilson Jr. Caparelli, presidente do Grupo Mídia.