Análise do IESS aponta que, em dezembro de 2021, quase 7 em cada 10 beneficiários, estavam nesse tipo de contratação
Dos 49 milhões de beneficiários com planos médico-hospitalares no País, a maioria, 33,7 milhões (69%), estava em planos coletivos empresariais em dezembro de 2021 — avanço de 5% em relação ao mesmo período de 2020.
Os dados estão na Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 66, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Esse número é o maior desde o início da série histórica (no ano 2000) disponibilizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A grande quantidade de beneficiários com planos coletivos demonstra que o aumento do número de vínculos de planos de saúde está fortemente atrelado à criação de empregos formais.
Muitas empresas, particularmente as de grande porte, oferecem esse benefício aos seus colaboradores.
Dados do Caged, disponibilizados na NAB 66, mostram que, entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021, o Brasil teve saldo positivo de 2,7 milhões de empregos formais.
Em dezembro do ano passado, o número de vínculos nesses planos chegou aos 33,7 milhões, representando cerca de 82% do estoque de empregos formais (41,3 milhões).
Os setores de serviços, comércio e indústria, historicamente, são os que mais ofertam planos de saúde aos colaboradores.
Esses setores, inclusive, foram os que apresentaram maior saldo de empregos no mesmo período: 1,2 milhão, 644 mil e 475 mil, respectivamente, seguido da construção (245 mil) e agropecuária (141 mil).
Na análise regional do saldo de empregos, de janeiro a dezembro de 2021, as variações foram: na região Norte (8,62%), Centro-Oeste (8,07%), Nordeste (7,58%), Sudeste (6,80%) e Sul (6,61%). Os destaques ficaram com os estados do Acre (9,81%), Pará (9,42%) e Roraima (8,77%).
Aumento de confiança
José Cechin, superintende executivo do IESS, acredita que há indícios que apontam para o aumento da confiança por parte dos empregados e empregadores neste momento de recuperação do emprego.
“O avanço da vacinação no País, além do retorno gradativo das atividades econômicas e o saldo positivo de empregos são pontos importantes para a confiança por parte dos empregadores. Essa tendência indica a possibilidade de crescimento no número de beneficiários de planos médico-hospitalares nos próximos meses, em especial dos contratos coletivos empresariais”, opina.
A ANS atenta que os números de beneficiários podem sofrer alterações retroativas em função das revisões efetuadas mensalmente pelas operadoras. Veja a íntegra da NAB 66 aqui.