“Precisamos investir mais em tecnologia e otimizar os recursos do setor, que não são tão grandes”, reflete a deputada Carmen Zanotto durante Welcome Saúde 2021

Evento organizado pelo Grupo Mídia trouxe as perspectivas econômicas e políticas no Brasil e seus reflexos para a Saúde

Chegando em sua 4ª edição, o Welcome Saúde já é conhecido por traçar a agenda da saúde brasileira, e nesse ano não foi diferente. A última edição aconteceu ontem (16) de forma 100% digital, com palestras e debates sobre as perspectivas políticas e econômicas para 2021.

A abertura ficou a cargo do economista Carlos Ocké com o tema “As Perspectivas Econômicas para o Setor”. Doutor em saúde coletiva, Ocké falou sobre como a pandemia da Covid-19 trouxe um quadro econômico indeterminado para todos os âmbitos do setor econômico.

“A projeção de crescimento do PIB em 2021 é de 3,5%, mas isso não é garantido, uma vez que estamos em crise. Apesar de uma perspectiva otimista, não está descartado o risco de uma recessão técnica, uma vez que há registro de dois trimestres negativos consecutivos desse ano.”

Em seguida, José Marcio Cerqueira Gomes, diretor executivo da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), moderou uma mesa redonda com o mesmo tema, que teve a participação de Francisco Balestrin, presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp); Franco Pallamolla, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (ABIMO); Wilson Shcolnik, Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

Também participaram Bruno Bezerra, diretor executivo da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI); e Mirócles Veras, presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB).

“Oito entre dez especialistas dizem que, enquanto não tivermos um contingente populacional vacinado e imunizado, nossa realidade vai viver de surtos. O setor da saúde vive novamente a lotação dos hospitais, crises de oxigênio e anestésicos, não temos respiradores, os profissionais estão no estresse absoluto, e precisamos de uma estratégia clara para tudo se resolver.”, observa Pallamola.

Em seguida, Ricardo Valentim, professor e coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ministrou uma palestra sobre “Perspectivas políticas para o setor da saúde em 2021”. Durante a explanação, Valentim como a pandemia da Covid-19 ocasionou um avanço na área da telemedicina e telessaúde, após anos de resistência.

“Se essa pandemia tivesse ocorrido há 10 anos, nós teríamos várias informações, mas não tanta capacidade de processar esses dados ou de oferecer auxilio adequado para a população. Quando pensamos na utilização dos dados, mesmo atualmente ela não é feita de forma ideal, até porque poderia existir uma interoperabilidade entre os setores público e privado.”

A explanação foi seguida de um debate com o tema “Diálogos sobre as perspectivas políticas no Brasil e seus reflexos no o setor da Saúde”, moderado pelo CEO da L+M, Lauro Miquelin.

A discussão teve participação de Breno de Figueiredo, presidente da CNSaúde; Carmen Zanotto, deputada federal; Pedro Silber, CEO da Construtora Tedesco – Grupo HTB; Raimundo Nonato B. Cardoso, Healthcare Business Development Director da InterSystems; e Wilames Freire, presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS).

“Nós imaginávamos que teríamos que trazer os resultados de dois anos em um, mas a piora no cenário deixa isso mais complicado. Nós precisamos cada vez mais investir em tecnologia e otimizar os recursos do setor, que não são tão grandes”, reflete a deputada Carmen Zanotto.

O Welcome Saúde 2021 pode ser conferido na íntegra pelo link abaixo:

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