Saúde precisa superar desafios de inovação digital e força de trabalho, segundo KPMG

Embora mais da metade dos CEOs (62%) do setor de Saúde já estivessem realizando mudanças substanciais antes da pandemia, a Covid-19 acelerou significativamente as agendas de transformações da ampla maioria (97%) desses executivos. Essas são algumas das conclusões da pesquisa “Healthcare CEO Future Pulse”, conduzida pela KPMG com 200 CEOs do setor de Saúde, em oito jurisdições, entre março e abril de 2021.

O conteúdo revelou ainda que a maioria (79%) dos CEOs entrevistados acreditam que, nos próximos três anos, todos os aspectos dos modelos de prestação de cuidados serão transformados, mas que o setor ainda enfrenta obstáculos e desafios significativos. Outro dado é que 84% deles acreditam que a transformação não ocorrerá sem uma mudança real, incluindo mudar a maneira na qual os prestadores de cuidados são incentivados.

“A pandemia tem sido um grande desafio para a Saúde, mas também evidenciou a atuação vital do setor para a sociedade. A transformação estava na mente de muitos líderes, mas a crise agiu como um acelerador, e os executivos agora estão mais preparados para mudanças iminentes. Este é um momento crucial em que uma grande transformação está por vir, mas alguns desafios setoriais podem retardar o progresso, desde barreiras tecnológicas a dificuldades com força de trabalho”, afirma Leonardo Giusti, sócio-líder de Infraestrutura, Governo e Saúde da KPMG no Brasil.

A capacidade de atender à demanda, o impacto de novos modelos operacionais na equipe, o apoio ao bem-estar e o recrutamento de novos talentos foram as maiores preocupações com a força de trabalho que os líderes reportaram, conforme o setor se prepara para reformas futuras e mudanças significativas. A maioria (65%) dos CEOs identificam os riscos associados à mudança tecnológica como principal barreira à inovação, enquanto 67% deles reconhecem a necessidade de se concentrarem mais intensamente em talentos e recursos e 84% acreditam que a transformação não ocorrerá sem mudanças mais sistêmicas, como alterar a maneira na qual os prestadores de cuidados são incentivados.

“Os desafios complexos enfrentados pelas organizações de saúde exigirão uma liderança mais holística. Os executivos do setor também devem atuar sobre como executar, nesse cenário, a transformação dos negócios para criar uma realidade com mais engajamento e participação das suas equipes e da sociedade. A nossa pesquisa oferece elementos interessantes sobre como os líderes de saúde podem se preparar melhor para o futuro”, afirma Sheila Mittelstaedt, sócia-diretora líder de Saúde da KPMG no Brasil.

A grande maioria dos respondentes concorda que o ecossistema de prestação de cuidados tradicionais está evoluindo, com 70% esperando que os próprios hospitais evoluam para centros de saúde, com foco em cuidados especializados, e 63% acreditam que é importante mudar a prestação de cuidados para ambientes mais comunitários.

Para participar da pesquisa da KPMG, os entrevistados atenderam aos seguintes critérios: CEOs de hospitais, sistemas de saúde e/ou redes de prestadores de cuidados; organizações com um orçamento anual mínimo ou limite de receita de US$ 250 milhões (no caso de Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, China e Canadá) ou US$ 100 milhões (no caso de Austrália, Holanda e Arábia Saudita).

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