Debate focou na competência, criatividade e consistência nas instituições de sáude
O segundo dia do Fórum Healthcare Business – FHCB 2020 contou uma discussão em duas partes com o tema “Lições pós COVID-19: Competência, Criatividade e Consistência”. A primeira foi uma palestra ministrada pelo Superintendente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), José Cechin, que falou sobre erros cometidos durante a pandemia e como trabalhar o pós.
“Um fato pouco pensado é que uma pandemia é tanto uma crise médica quanto de comunicação. Precisávamos de uma comunicação clara vinda de um comunicador confiável e seguindo informações baseadas em recomendações científicas.”
O gestor ainda refletiu sobre a possibilidade de novos surtos virem à tona e a aceitação da crise demorar para ser revertida, além da melhor preparação para outras ocasiões do mesmo tipo. “Resta saber se as autoridades públicas e politicas tem o desejo de arriscar gastos hoje para deixar a sociedade preparada para um possível que nunca venha a ocorrer.”
A segunda parte da discussão aconteceu no debate com Henrique Salvador, Presidente da Rede Mater Dei, Maurício Sérgio Souza Silva, Superintendente da Santa Casa de Montes Claros e Maria Lucia Capelo Vides, Superintendente do Hospital Edmundo Vasconcelos. A moderação ficou a cargo da CEO do ICOS, Denise Eloi.
Salvador compartilhou alguns conhecimentos adquiridos na pandemia da Covid-19 e que ajudarão no futuro. Além de uma dependência menor de insumos vindos de fora, uma vez que a indústria local conseguiu suprir as necessidades, o gestor acredita que é preciso separar os fluxos dos hospitais. “Ter fluxos diferenciados para atender diversas saúdes é como um investimento na saúde dos médicos e de todos os outros colaboradores.”
Além da importância da tecnologia e da telemedicina, Maria Lucia acredita que os espaços físicos das Instituições de saúde devem ser repensados. “Esses espaços são muito rígidos, então quando foi necessário transformar um centro médico em pronto socorro, foi desafiador. É necessário pensar em espaços mais híbridos e trata-los de forma diferente, colocando pacientes diferentes em um mesmo momento.”
Já Silva sentiu a responsabilidade de liderar um hospital filantrópico com grande parte de atendimento pelo SUS, mas buscou auxílio na criação de um comitê de crise. No entanto, a única forma de superar os desafios da pandemia é uma vacina de eficiência comprovada.
“Vamos ter que nos acostumar a esse novo normal para conseguirmos sobreviver. O que nos resta é investir na parte tecnológica para conseguir melhorar o atendimento e trazer qualidade e segurança.”, reflete.
Para assistir essa palestra e debate na íntegra, bem como os outros temas dialogados no segundo dia do FHCB 2020 acesse o link abaixo.