Segundo a Organização Mundial da Saúde, 1 a cada 11 pessoas possui diabetes. Só no Brasil, a doença aumentou em 60% nos últimos 10 anos. A alta taxa de crescimento causa impacto não só na saúde, mas também na economia e na educação.
De acordo com Carlos Aita, responsável técnico do DB Diagnósticos do Brasil, os problemas com a diabetes vão além: as complicações da doença adicionam uma carga significativa ao sistema de saúde, por isso é importante tratar a raiz do problema, antes que exacerbe.
“Algumas doenças, como nefropatias, podem ser ocasionadas pela diabetes. Até mesmo pessoas jovens correm o risco de ter sérias complicações, como cegueira e amputações”, explica Aita, que recentemente esteve no Sri Lanka em um Simpósio sobre Hemoglobina Glicada (HBA1C) e Hemoglobinopatias.
Novos hábitos alimentares baseados cada vez mais em fast food também são essenciais para o agravamento da doença. Uma dieta balanceada pode mudar completamente o estilo de vida do diabético, segundo a nutricionista Luciana Valente de Oliveira, que também possui a doença.
“O paciente que toma hipoglicemiantes orais pode passar a tomar menos vezes ao dia e diminuir as dosagens por conta de uma prática alimentar mais adequada”, explica.
A própria nutricionista admite que seu diagnóstico veio por conta de descuido alimentar. “Quando descobri a doença, estava em um momento da vida bem agitada, tratando dos outros, mas sem cuidar de mim. Se formos pensar da fisiopatologia da doença, é como se o pâncreas estivesse exaurido, produzindo insulina, mas o corpo criando uma resistência a ela. Receber o diagnóstico foi o momento de acordar: comecei a qualificar minhas refeições e voltei as práticas de exercícios. Em pouco tempo recuperei minha saúde”, detalha Luciana, nutricionista clínica funcional e pós-graduada em fitoterapia.
Prevenção
A fim de trazer mais informação e conscientizar a população, em 14 de novembro se comemora o Dia Mundial da Diabetes. Segundo Aita, a educação deve começar desde cedo, com o incentivo a crianças e adolescentes a se exercitarem e terem uma alimentação mais saudável.
“Em países desenvolvidos, o sistema de assistência de saúde educa as pessoas sobre os impactos da doença em toda a sociedade. Em contrapartida, falar de diabetes em países em desenvolvimento não é uma prioridade, pois há outras áreas que ganham mais destaque na agenda nacional”, analisa.
Exames
O diagnóstico é feito a partir de manifestações clínicas típicas e confirmado por exames laboratoriais, em especial a dosagem da glicose plasmática. De acordo com os resultados da glicemia, o paciente pode ser incluído em uma das condições abaixo:
(1) Amostra coletada em qualquer horário do dia, independente da última refeição.
(2) Sintomas clássicos: poliúria, polidipsia, perda de peso sem causa aparente.
(3) O valor deve ser confirmado repetindo-se o teste em outro dia.
O exame da hemoglobina glicada (A1C) reflete o controle glicêmico dos últimos três a quatro meses, sendo o padrão universal de referência no controle de diabetes. Também é possível testar a sensibilidade à insulina, através de testes como o índice de homa (IR e beta) e do índice quicki. Para detectar a diabetes, o DB Diagnósticos do Brasil oferece os exames de glicose jejum, insulina, hemoglobina glicada, índice de homa – beta, índice de homa – IR e índice de quicki.
Você encontra esta matéria, publicada originalmente na edição 62 da revista Healthcare Management, aqui!