José Pedro Fernandes, VP da SISQUAL WFM, fala sobre atuação da empresa no Brasil e desafios para o futuro
Fundada em 1992, em Portugal, a SISQUAL WFM é uma empresa de tecnologia criadora do software Workforce Management (WFM), ferramenta com diversas funcionalidades para a área de gestão de pessoas.
Dentre suas funções estão a geração automática de escalas e tarefas, cálculo automático do tempo trabalhado e ferramentas para auxiliar durante o período de operações, tratamento de férias, faltas e horas extras, entre outros.
“A implementação de uma solução WFM é conhecida no mercado internacional como a ferramenta que pode proporcionar o maior ROI dentro das soluções de capital humano”, pontua José Pedro Fernandes, vice-presidente da SISQUAL WFM.
Presença no Brasil
Há cerca de 10 anos, a empresa desembarcou no Brasil e se consolidou bem no mercado. Fernandes lembra que, quando a SISQUAL WFM chegou ao Brasil, não havia nenhuma ferramenta de software para o gerenciamento da força de trabalho nos hospitais.
“Mas as dores estavam todas lá, como, por exemplo, a falta de visualização de toda a operação, o elevado passivo trabalhista gerado pela má elaboração das escalas, a dificuldade com o gerenciamento de trocas de horários que afetavam o atendimento, um índice enorme do turnover e do absenteísmo por não existir uma humanização das escalas, entre muitas outras dores, que qualquer análise do sistema de saúde brasileiro apontaria.”
O WFM – Workforce Management – ou seja, a gestão operacional de equipes de trabalho, veio para resolver estas e muitas outras questões.
“O nosso maior desafio foi levar esse novo conceito para os hospitais, tanto para os privados quanto para os públicos. Estamos em uma posição mais confortável, porque a SISQUAL WFM não precisa se afirmar e mostrar a que veio, nós já somos abraçados pelo mercado.”
O Brasil inclusive se tornou parte importante mercado para a SISQUAL WFM, uma vez que aproximadamente 95% de seus ativos em termos de Recursos Humanos são brasileiros.
“Nos consideramos uma empresa completamente tropicalizada e queremos ser cada vez mais uma empresa brasileira. Já temos mais de 350 hospitais usando nossa solução, então vemos que o WFM está completamente ajustado ao mercado. Estamos presentes em larga escala em todo o território nacional.”
Segundo análise de Fernandes, muitas empresas em Portugal acreditam ser fácil investir no Brasil, mas não é assim que funciona na prática. “Apesar de falarmos a mesma língua e termos alguns aspectos culturais em comum, muitas empresas tentaram se expandir para cá e falharam. A SISQUAL WFM teve humildade e resiliência para aprender o que é a cultura brasileira e como lidar com ela.”
E completa: “É um caminho longo e desgastante, mental e financeiramente, mas precisamos ter fé de que ele vai nos levar a uma situação melhor.”
Atualmente, o grande desafio da empresa é adequar sua solução ao home office e nomadismo empresarial. “Os jovens não vão querer um local permanente de trabalho, pois estarão em casa ou vão viajar a cada seis meses para conhecer novos locais. Acho que esse é um grande desafio e a SISQUAL WFM tem potencial para oferecer soluções inovadoras em breve.”
Assista a entrevista na íntegra com José Pedro Fernandes, vice-presidente da SISQUAL WFM, para a série “Liderança na Saúde”, com Edmilson Jr. Caparelli, presidente do Grupo Mídia.