A pandemia do novo coronavírus mudou radicalmente o cenário da Saúde. Até 24 de maio, o Brasil registrou 449.185 óbitos desde o início da pandemia, segundo um consórcio de veículos de imprensa do Brasil feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
Frente ao novo panorama caótico do setor, a Tecnogênese, startup curitibana de soluções tecnológicas, motivou-se a entrar na luta contra o novo coronavírus.
A startup, fundada por Fausto Fernando Hilário Gomes, que possui quase três décadas de experiência no segmento tecnológico em saúde. Dos equipamentos desenvolvidos pela startup, o Hígia Plus possui impacto direto na redução de patógenos nos ambientes.
O sucesso foi grande, que em 2020, o artigo da pesquisa do Hígia Plus foi submetido à apreciação da Sobecc (Sociedade Brasileira de Enfermagem e Centro Cirúrgico) e teve resultado positivo.
“O artigo foi aprovado e publicado no 12º Simpósio Internacional de Esterilização e Controle de Infecção em Ambientes de Saúde. Além da publicação, o artigo foi premiado como método inovador,” orgulha-se o diretor.
O diretor explica, que o método de aspersão se apresenta em forma de névoa, em escala nanométrica e biodegradável. Deste modo, o profissional não se expõe ao ambiente contaminado. “… o profissional não corre risco de auto contaminação e de disseminação de patógenos de forma cruzada.”
Gomes ressalta que o Hígia Plus, quando utilizado na área da saúde e hotelaria, traz uma forma inovadora e segura de processo de descontaminação de ambientes. “Ele atinge pontos que o processo manual não contempla, penetra em frestas e locais de difícil acesso.”
Já outro dispositivo desenvolvido, o Hígia Max, descontamina até mesmo os indivíduos, considerando a carga viral disposta nas roupas e acessórios utilizados pelas pessoas.
O Hígia Max é um túnel de desinfecção individual, que asperge a solução saneante em forma de névoa em escala nanométrica, contribuindo para higienização e assepsia de superfícies, com a utilização de produto de uso tópico.
O cientista garante que tanto o Hígia Max como o Hígia Plus representam um salto relevante em termos de descontaminação. “Esses equipamentos trarão grande impacto aos profissionais da saúde, que estão na linha de frente, sofrendo diretamente os riscos de contaminação, sendo mais uma ferramenta de combate a pandemia.”
Ideia inicial
A startup curitibana nasceu a partir das soluções em combate à Dengue. Gomes explica que a Tecnogênese desenvolveu o A.Vex, uma espécie de “armadilha inteligente” que promete atrair e eliminar o mosquito Aedes Aegypti.
“O grande diferencial dessa tecnologia é a sustentabilidade, já que ela não é agressiva como os inseticidas, que contaminam o meio ambiente e podem causar resistência no mosquito”, argumenta Gomes.
A ideia surgiu em 2016, por Gomes, que desenvolveu o projeto durante o seu mestrado em Engenharia Biomédica na Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR).
Incubada desde 2019 na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a startup foi contemplada com investimentos oriundos da Fundação Araucária, através do Programa Sinapse da Inovação e do Finep, que apoia o desenvolvimento do projeto de descontaminação de ambientes e combate a Covid-19.
Além disso, o foco da empresa é o desenvolvimento de projetos inovadores que possam auxiliar na solução dos mais diversos problemas que geram impactos na sociedade.