Uma nova iniciativa na área de saúde envolvendo inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) para auxiliar na detecção e no tratamento do diabetes em mulheres durante o período de gestação. Desenvolvido pela Fujitsu tem com a colaboração da Rede CleverHealth, na Finlândia, o projeto visa gerir o tratamento e o monitoramento de gestantes a partir de um aplicativo móvel.
O app é capaz de rastrear e medir a quantidade de glicose no sangue e os dados referentes ao estilo de vida – como nutrição, pulso e peso diário, e enviá-los aos profissionais de saúde em tempo real. Além de criar uma interface com as informações do usuário, o serviço permite que os profissionais de saúde ofereçam um tratamento de forma personalizada.
“O projeto reúne várias tecnologias desenvolvidas pela Fujitsu no Japão e na Finlândia para criar uma nova plataforma de serviços que aproveita dados e análises de sensores. Consequentemente, estamos projetando uma interface que sinaliza claramente quaisquer anomalias, além de mostrar todos os principais dados”, explicou Mikko Lampinen, chefe de vendas do setor público e saúde na Fujitsu da Finlândia, onde o projeto acontece.
Como a AI é usada
A diabetes é uma doença que não costuma causar sintomas muito visíveis e pode levar ao nascimento prematuro ou dificuldades durante o parto – o corpo não consegue produzir insulina suficiente para atender às necessidades extras durante o período de gravidez.
Segundo o Hospital Universitário (HUS) de Helsinki, das 52 mil mulheres que dão à luz na Finlândia todos os anos, aproximadamente 10 mil são diagnosticadas com diabetes gestacional. Cerca de metade desenvolve diabetes tipo 2 em uma data posterior, recorrente à insuficiência de insulina produzida pelo pâncreas ou as células do corpo não respondem à insulina. Isso equivale a 5 mil novos diabéticos todos os anos, cujos custos totais de tratamento podem alcançar o valor de 28 milhões de euros se somados.
O projeto da Fujitsu é desenvolvido com a colaboração da Rede CleverHealth e utiliza tecnologias como o machine learning, onde dados de saúde e visão aprimorada do estado físico das futuras mães são analisados e enviados aos profissionais da área. A Fujitsu entra no processo como fornecedora de serviços de modelagem e integração de dados para garantir que as informações captadas sejam compatíveis tanto com o data lake da HUS quanto com o Registro Nacional de Saúde Pessoal da Finlândia (Kanta PHR).
Interface para o usuário
A empresa japonesa também está projetando uma interface de usuário que permita aos profissionais de saúde interpretar facilmente as informações que acompanham uma orientação e tratamento adequados às necessidades individuais e aos perfis de risco.
O machine learning será utilizado para fornecer orientação e tratamento adaptados às necessidades individuais de cada paciente, com base em seu perfil de risco exclusivo.
Percepções baseadas em inteligência artificial podem antecipar os futuros níveis de glicose no sangue da mãe, além do peso e o índice de massa corporal (IMC) do recém-nascido.
“Temos uma oportunidade de reavaliar como vamos prevenir e tratar muitas condições médicas, integrando pesquisa de alta qualidade na prática clínica para desenvolver um serviço inteiramente novo”, afirmou Aki Lindén, CEO do Hospital Universitário de Helsink.
Fonte:ITFórum365