O Hospital Israelita Albert Einstein, localizado no bairro Morumbi, em São Paulo, tem mais de 60 anos de história e uma credibilidade internacionalmente reconhecida. É uma instituição que preza pela excelência na prestação de serviços e isso inclui a promoção de constantes melhorias arquitetônicas nos espaços de atendimento, bem como nos administrativos. “Sendo um setor de tamanha importância estratégica, o espaço da Presidência deve comunicar o momento atual da instituição, o estilo de gestão transparente e colaborativa, alinhado com os conceitos administrativos atuais” aponta a arquiteta Betty Birger sobre a conceituação do projeto.
Transparência e integração são os conceitos nos quais se baseia o projeto da nova área da Presidência, uma forma de traduzir na arquitetura o estilo da gestão do hospital. O ambiente estimula o contato interpessoal e as decisões em conjunto, seja pela transparência total das divisórias ou pelas oportunidades de conversas e reuniões informais nas poltronas e mesas redondas estrategicamente distribuídas no layout, além da sala envidraçada que acomoda reuniões e almoços e se abre Hospital Israelita Albert Einstein – área da presidência para o espaço comunitário.
A biblioteca, também aberta e integrada, funciona como ante-sala para uma sala de reuniões mais formal e exibe prêmios recebidos pela instituição, memórias de gestões anteriores e literatura de apoio.
A arquiteta destaca que a escolha dos materiais e mobiliário vai além das questões estéticas. Todos os elementos do projeto convergem para a criação de ambientes de alta performance. Os pilares e paredes do núcleo de secretarias, por exemplo, são revestidas com Cleaneo, chapas acústicas perfuradas que além de atuar como um elemento visual interessante, funcionam como tratamento acústico.
Conforto ambiental
Ao reformular a área da presidência do Hospital Albert Einstein, a arquiteta Betty Birger lembra que o conforto ambiental recebeu atenção especial na concepção do projeto. Segundo ela, esse conceito proporcionou ao ambiente o uso dos recursos naturais disponíveis, o que é desejável tanto do ponto de vista da sustentabilidade, quanto do bem-estar dos usuários. “Elegantemente envidraçadas com divisórias sem montantes verticais, as salas foram alinhadas de modo a liberar as janelas e permitir que a luz natural per-
meie todo o espaço. Já as sancas com luz indireta complementam a iluminação natural abundante e o uso de um forro mineral garante conforto acústico nas salas”, diz.
Betty conta que cada propriedade do projeto atende às necessidades reais do cliente, o que é uma marca constante e um diferencial da empresa, que busca, sem receitas, ler e mostrar os princípios e interesses da instituição.
PAIXÃO E SENSIBILIDADE
Para os arquitetos da Betty Birger Arquitetura & Design, o processo de criação exige paixão e sensibilidade para que se percebam os lugares, as pessoas, o contexto e a cultura individual e coletiva, bem como as restrições de ordem técnica, econômica e estratégica .
Confira matéria na 27ª edição da Revista HealthARQ.