“O autoteste é uma ferramenta muito importante no combate à Covid-19, principalmente no atual contexto”, reforça o presidente executivo da CBDL
No final do mês de janeiro, a Anvisa aprovou a Resolução 595 a qual estabelece os requisitos e os procedimentos para a solicitação de registro, distribuição, comercialização e utilização de autotestes para detecção do antígeno de SARS-CoV-2.
Assim, a medida permite a venda de autotestes diretamente ao consumidor por farmácias e estabelecimentos de saúde licenciados para comercializar dispositivos médicos.
Em entrevista para a Healthcare Management, Carlos Eduardo Gouvêa, presidente executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), considera a “medida é histórica”.
“A criação do autotestes já existe há algum tempo e oferece uma importante ferramenta para o cidadão comum ter controle da sua vida. O autoteste é uma ferramenta muito importante no combate à Covid-19, principalmente no atual contexto em que temos uma taxa de transmissão extremamente alta.”
Ainda de acordo com a resolução, fica é
“vedada a oferta de autoteste na internet em sítio eletrônico que não pertença a farmácias ou estabelecimento de saúde autorizados e licenciados pelos órgãos de vigilância sanitária competentes”.
Diversas empresas nacionais e multinacionais, associadas à CBDL, já se mobilizaram para enviar o registro e dar início à fabricação dos autotestes. A expectativa é que, neste primeiro momento, de 10 a 12 milhões de autotestes sejam produzidos no Brasil, o que poderá atender a demanda dos brasileiros.
Autotestes no Brasil:
- Os autotestes só poderão ser comercializados no país após registro do produto junto à Anvisa;
- A Anvisa analisará os pedidos de registro de autotestes com prioridade;
- É proibida a venda de autotestes em sites que não pertençam a farmácias ou estabelecimentos de saúde autorizados e licenciados pelos órgãos de vigilância sanitária;
- O autoteste não define um diagnóstico, o qual deve ser realizado por profissional de saúde. Seu caráter é orientativo. Ou seja, não se trata de um atestado médico;
- O resultado do autoteste não é válido para viagens e entradas em eventos.
Assista a entrevista com Carlos Eduardo Gouvêa, presidente-executivo da CBDL, para a Healthcare Management: