A rota pela redução de custos e de desperdício é um caminho que vem sendo explorado por muitas instituições de saúde. Na contramão do fee-for-service, a metodologia Diagnosis Related Groups (DRG) propõe um modelo de remuneração que traz justamente a economia e prima pela qualidade do tratamento, ao invés da quantidade.
O DRG categoriza e mede a complexidade, a criticidade e o nível da segurança assistencial de cada paciente internado. Mensura e compara o desempenho assistencial e econômico de médicos, equipes, clínicas e hospitais, permitindo reduzir internações, bem como o tempo de permanência nos hospitais e as readmissões hospitalares, além de aumentar a segurança do paciente e controlar os desperdícios.
A Unimed Cuiabá implantou, em 2017, o DRG em sete hospitais de sua rede. No começo, a intenção era fazer uma avaliação por três anos dos atendimentos com internação de beneficiários e, após isso, começar a tratar diretamente com os hospitais sobre os pontos que precisavam ser revistos no que diz respeito aos gastos com serviços e insumos e também a qualidade dos serviços prestados. “Com o DRG, é possível observar e quantificar a ocorrência de eventos adversos ou de condições adquiridas durante a internação, por exemplo. Isso facilita que a Cooperativa e os hospitais encontrem soluções conjuntas para melhorar o serviço prestado” explica Rubens Carlos de Oliveira Júnior, presidente da Unimed Cuiabá.
O primeiro passo foi a criação de um banco de dados para obter o estado atual dos serviços da cooperativa, permitindo o acompanhamento dos índices de qualidade de todas as atividades. “No primeiro quadrimestre de 2019 vamos analisar com mais rigor os números que já temos e vamos conseguir expor à nossa rede credenciada o estado real dos serviços prestados”, afirma o presidente.
Com o DRG será possível ter um acompanhamento da qualidade dos serviços prestados e dos indicadores assistenciais dos hospitais. Há também uma extensa equipe de profissionais atuantes dentro da Cooperativa, que, por meio de auditorias in loco, garantem a credibilidade das informações que são repassadas, permitindo assim maior transparência e eficácia nos serviços.
Com o banco de dados que está sendo construído entre os sete hospitais, a operadora pretende estabelecer metas e definir planos de ações que atendem às exigências da Instituição e eliminem possíveis falhas de seus serviços. Segundo Oliveira, essa inovação vem na esteira de uma mudança de cultura dentro da cooperativa que foca em não prolongar internações. “O DRG nos ajuda, por exemplo, a analisar quais pacientes podem ir para casa e quais precisam ficar nos hospitais, além de permitir compreender se estão sendo atendidos com a qualidade que merecem”, declara.
Oliveira explica ainda que após receber e verificar as informações, esses dados são transmitidos para o sistema e, assim que os hospitais dão baixa, são disponibilizados, instantaneamente, para a Unimed Cuiabá. “A avaliação cuidadosa e criteriosa desses números vai permitir que ações efetivas sejam realizadas e que possamos garantir a qualidade das internações a que são submetidos os nossos clientes”, espera o presidente.
Leia a matéria na íntegra na edição 59 da Revista HealthCare Management.