Unimed Vitória investe em atendimento à distância
Em 2020, com o surgimento da pandemia da Covid-19 e o fechamento de consultórios e cancelamentos de consultas e procedimentos eletivos, a Unimed Vitória (ES) decidiu tirar o projeto teleatendimento da gaveta rapidamente e colocá-lo em prática.
“Como a maioria dos atendimentos no Pronto Socorro estava sendo de síndromes gripais, nós fizemos um pronto atendimento virtual localizado no Centro de Especialidades da Unimed Vitória”, explica o diretor de Mercado da Cooperativa, Gustavo Peixoto.
A Unimed Vitória optou por fazer um serviço, primeiramente, com a equipe interna de TI, que montou todas as bases de atendimento. “Enquanto isso, a equipe de marketing criou um layout para simular um ambiente de consulta médica presencial e fizemos todo um checklist de início da consulta, no qual o médico se apresenta e explica como tudo acontecerá.”
Durante o processo de implementação do sistema, Peixoto ressalta que a mudança para o mundo virtual passou por obstáculos. “Os desafios iniciais foram principalmente para as pessoas fazerem o download do aplicativo, para acessarem de forma fácil a teleconsulta. Foi um choque tecnológico que a humanidade viveu.”
Passado o tempo de adaptação, o executivo ressalta as inúmeras facilidades advindas do atendimento virtual da Unimed Vitória.
“Tivemos melhorias na emissão de laudos, receitas, atestados médicos, tudo isso online, através do certificado digital. Nós ficamos muito satisfeitos em poder, naquele momento difícil da pandemia, continuar o atendimento dos pacientes e desafogar as filas dos prontos-socorros.”
O resultado foi tão bom, segundo Peixoto, que a Unimed Vitória expandiu o PA virtual e iniciaram consultas virtuais na atenção primária à saúde, chamado de Personal. “Também migramos para fazer teleconsultas nos consultórios de especialistas. Os clientes estão bem satisfeitos e os médicos também.”
Os números falam por si. Em dois anos foram mais de 150 mil consultas realizadas, com índice de satisfação acima de 90% e uma resolutividade em torno de 85%.
Ou seja, de cada 100 pacientes que procuraram atendimento no pronto-socorro virtual, 85 não precisaram de ir presencialmente ao pronto-socorro. Apenas 15% que precisaram ir por algum motivo, como fazer um raio X, um hemograma ou, eventualmente, por questões de gravidade.