Hospital de Amor inaugura oficina ortopédica

O Hospital de Amor terá uma oficina ortopédica e passará a ser o único hospital oncológico do Brasil com um núcleo específico dedicado para produção de próteses.  Segundo dados da instituição, pelo menos uma cirurgia de amputação é realizada por semana no Hospital em decorrência de sequelas ocasionadas pelo câncer.

A inauguração da oficina ortopédica acontecerá no próximo dia 17 de agosto (sexta-feira), a partir das 10h. O evento de lançamento será marcado por uma apresentação de dança feita por pacientes amputados do Hospital de Amor.

Com o objetivo de confeccionar e reparar órteses e próteses, a oficina ortopédica irá otimizar recursos financeiros e tempo. A produção e o reparo dessas peças serão destinados aos pacientes com déficit de locomoção e com restrições motoras e funcionais, e aos amputados. Além disso, o local está habilitado para iniciar em breve a produção e manutenção de acessórios de locomoção como cadeiras de rodas, muletas, andadores, cadeiras para banhos, entre outros, o que ampliará ainda mais o número de pacientes beneficiados pelo Projeto.

“Nosso grande diferencial está em facilitar a logística e a funcionalidade de implantação das próteses, uma vez que a oficina ortopédica está inserida no Hospital de Amor, onde os pacientes já estão internados ou circulam com frequência para a realização dos tratamentos”, afirma Daniel Marconi, coordenador do departamento de Radioterapia e do projeto Bella Vita do Hospital de Amor.

A oficina ortopédica é uma extensão do projeto Bella Vita, que visa reabilitar e ampliar a assistência aos pacientes, amenizando e recuperando as sequelas geradas pela doença e seu tratamento. Dentre outras atividades, os pacientes inseridos no projeto Bella Vita participam de sessões de equoterapia, um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar. Além disso, há a disponibilidade da terapia robótica, com a utilização de profissionais especializados e equipamentos robóticos de última geração.

“Os tratamentos de combate ao câncer resultam, muitas vezes, em sequelas temporárias ou permanentes, e que acabam por limitar a funcionalidade e a qualidade de vida dos pacientes, provocando grandes repercussões físicas e psicossociais. Por meio de um programa de reabilitação interdisciplinar, o Bela Vitta proporciona um melhor retorno às atividades cotidianas, independência e reinserção no mercado de trabalho”, comenta o coordenador.

Foram investidos cerca de R$ 8 milhões originários do PRONAS (Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde) para o desenvolvimento do Projeto Bella Vita. Já os recursos extras para a construção física da oficina ortopédica vieram da própria instituição. Este núcleo contará com uma equipe formada por um técnico protético com formação pela Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC), dois auxiliares técnicos em órteses e próteses, um fisiatra, um fisioterapeuta e um terapeuta ocupacional. A estimativa é produzir uma prótese por dia.

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