Tema também foi abordado em palestra de Ines Hungerbühler, CPO da Vitalk
A edição de 2020 do Fórum Healthcare Business – FHCB começou e já contou com uma palestra seguida de debate sobre o tema “Saúde mental: O desafio da Gestão de Pessoas frente ao esgotamento de colaboradores”. A palestra foi comandada pela CPO da Vitalk, Ines Hungerbühler, que mostrou a importância da saúde para gestores e colaboradores;
A executiva analisou de forma detalhada dados sobre doenças mentais no Brasil, revelando que a ansiedade e o estresse da população aumentou em 80% durante a pandemia da Covid-19. Além disso, o estudo mostrou que os casos de depressão dobraram desde o mês de abril de 2020.
“A maioria das pessoas não está recebendo o tratamento adequado e isso é muito prejudicial. Até quem se trata, pode não receber o ideal, mas pelo menos ajuda a diminuir o sofrimento da pessoa”, observa.
Ines acredita que é fundamental integrar a preocupação com a saúde mental na vida pessoal e profissional, por mais que existam barreiras no tratamento. “Sabemos que o custo é alto, demanda tempo, existem poucos profissionais e existe um estigma social, porém não se pode deixar o assunto de lado”.
Com relação ao ambiente de trabalho, a CPO da Vitalk percebe que a sobrecarga de tarefas, as cobranças excessivas por resultados e a ausência de recompensas adequadas ao desemprenho são algumas causas de doenças mentais no Brasil.
No entanto, a preocupação com a mente não pode ser exclusiva dos colaboradores, uma vez que os gestores passam pela mesma situação. “Se a sua saúde mental não está boa, então você não conseguirá cuidar da saúde mental de seus colaboradores. É importante ter o autocuidado, além de uma comunicação não-violenta, cultura de feedbacks e valorizações, entre outros”, comenta.
A discussão continuou em um debate do mesmo tema com a participação de Erika Vrandecid, diretora do Biocor; Lídia Abdalla, CEO do Laboratório Sabin; e Petrúcio A. Sarmento, Diretor de Provimentos na UNIMED de João Pessoa. A mediação foi feita por Lauro Miquelin, CEO da L+M.
Erika acredita que o home office ajudou a melhorar a qualidade da saúde mental dos colaboradores, mas também teve seus prejuízos. “O trabalho remoto teve grande influência em reduzir riscos de stress, de transtornos no trajeto ao trabalho e aumentou o convívio de todos com suas famílias. Mas também trouxe problemas, como trabalho excessivo, falta de limite entre a vida profissional e pessoal, por exemplo.”
Lídia observa que o propósito dos profissionais da saúde nunca foi colocado tão a prova como durante a pandemia da Covid-19. “A pandemia acentuou o desequilíbrio emocional de muitas pessoas e os profissionais da saúde não saíram impunes, principalmente os que se arriscaram”.
Petrúcio completa o assunto revelando uma dificuldade em ajudar essas pessoas apavoradas. “Tivemos colaboradores que precisaram continuar trabalhando, mas morriam de medo de contrair o vírus. Nosso principal objetivo foi criar um ambiente seguro, mas muitos sofreram certo preconceito na rua por conta da profissão”.
O segundo dia do Fórum Healthcare Business 2020 é hoje e traz temas como desafios da cadeia de logística, lições pós covid e o salto quântico para uma nova saúde. Faça a sua inscrição pelo link abaixo.
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