“Repensando a vida com Orquídeas”, por Marcos Gallo, CEO da Multimax Healthcare Marketing

As organizações de saúde vêm desenvolvendo em parceira muitos projetos voltados ao bem-estar físico e emocional no controle da ansiedade, com alimentação por meio de uma nutrição balanceada e várias formas para combater o estresse. Pensando numa forma inovadora foi criado o Projeto OHquidea, de São Paulo.

Mas por que orquídeas? As orquídeas são epífitas que apresentam variadas formas, cores e tamanhos existentes em todos os continentes, predominando nas áreas tropicais. São plantas que retiram os nutrientes apenas de material em decomposição que cai das árvores e que acumulam-se ao emaranhar-se em suas raízes. Mas para cuidá-las é preciso de muita atenção e dedicação.

Antes de fundar a OHquidea,  Cesar Kawamura – Founder & Coalition Builder da OHquidea- ,  trabalhou vinte anos no mundo corporativo com gestão de equipes onde seu trabalho era basicamente oferecer capacitação às pessoas mostrando que todos fazem parte de uma rede interligada nas interações e relacionamentos. Conscientização essa que foi sendo construída ao longo do tempo por todos aqueles que se engajaram numa nova maneira de vivenciar a maneira de como se relacionar mais com a natureza, especialmente as orquídeas.   

As atividades do Projeto tiveram o início em maio de 2017 e, em Janeiro de 2018, se tornou uma Startup, com um modelo de trabalho baseado na economia criativa e colaborativa. Nessas atividades, ocorre a coleta de orquídeas descartadas em varejos sendo que as mesmas são distribuídas em palestras e  workshops. Cria-se um vínculo e os mini-orquidários começam a aparecer nos espaços das parcerias, provenientes das mãos dos próprios clientes, colaboradores e pacientes. 

O modelo de negócio busca despertar empoderamento e engajamento de clientes e/ou colaboradores e pacientes, pelo sentimento de pertencimento. A ideia é simples: ofertar workshops para a adoção de orquídeas rejeitadas.

Por que a maior parte das pessoas não consegue cuidar de orquídea? Os que não conseguiram, em sua maioria, afirmavam que cuidar “é difícil”, “cuidei demais” , coloquei muita água”, “esquecia”… O momento em que as pessoas mostram seus sentimentos e verbalizam as suas limitações provenientes de pequenos fracassos e frustações começam despertar para uma conscientização voltada a uma postura colaborativa, de pertencimento aos valores sociais coletivos. A transformação interior de cada um passa a sensibilizar novos grupos, impactando a sociedade e o ambiente através do resgate de plantas.

Todas as ações são voltadas para sensibilizar as pessoas a valorizar a qualidade de vida, saúde, cultura – tudo para que possam repensar a sua postura e ações pessoais e coletivas.  Com isso, o participante desenvolve o autoconhecimento, as percepções e sensibilidade, através das orquídeas no momento que se tornam guardiões do espaço ao redor da planta adotada, engajando-se no cuidado e vivenciando a beleza de seu “jardim suspenso” nas árvores ou vasos delicadamente cultivados.

O Projeto OHquidea 

As organizações de saúde, como a SPDM e o Santa Marcelina, são grandes parceiros do Projeto.  Uma das ações mais utilizadas envolve colaboradores da seguinte forma: após definir quais serão os participantes (geralmente os grupos de são de 5 a 7 pessoas) – realiza-se uma palestra para sensibilizar as pessoas e os cuidados com a planta. Cada um recebe uma muda e aprende cuidados essenciais, lembrando que elas são o resgate de orquídeas descartadas, ou seja, que iam para o lixo. 

O grupo desenvolve a construção de um Orquidário Colaborativo chamado delicadamente de “Creche de Orquideas” onde se desenvolve uma pequena coleção.  As orquídeas precisam de uma supervisão inicial, e enquanto isso, o colaborador treina o desapego, a confiança em você mesmo e no outro. Paciência e espera são fundamentais porque logo a orquídea vai te retribuir com flores.

A apresentação das plantas pode ser o clássico em árvores ou vasos em paredes pergoladas. A partir disso é criada a chamada “Árvore Instragramável”   proporcionando um cenário paisagístico que servirá para registros e momentos fotográficos que permitam postar e mostrar a evolução.

Educação ambiental, Recuperação de áreas públicas, Inclusão social através de ações com plantas sem valor comercial:  a meta do Projeto é engajar pessoas ao fazer benefeitorias nas comunidades, empresas, escolas, para que todos se sintam reconhecidos e valorizados.

Maneira simples, rápida e econômica de promover a cultura do voluntariado pela participação de seus colaboradores e visitantes. Este é um ciclo virtuoso da educação, baseado no aproveitamento de material residual, criando valor socioambiental, resgate do pertencimento e consciência colaborativa.

Veja mais posts relacionados

Próximo Post

Healthcare Management – Edição 92

Healthcare - Edição 92

Healthcare - Edição 92

COLUNISTAS