O setor que andou de lado com alta de 1%, no ano passado, ainda assim abriu 4.442 novos empregos nas atividades industriais e comerciais da saúde
O consumo de dispositivos médicos em 2023 cresceu 1% no Brasil, alavancado pelas importações, que tiveram alta de 5,6%, segundo dados do Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS). Foram importados US$ 6,7 bilhões. Já as exportações somaram US$ 784 milhões, um recuo de 2%, entre janeiro e dezembro, na comparação com o ano anterior. A balança comercial ficou deficitária em US$ 5,9 bilhões, um aumento de 6,7%.
Na análise do Boletim ABIIS, os fatos que mais impactaram a economia global, em 2023, foram a forte resiliência da economia americana, a adoção de políticas contracionistas na Europa e a redução do ritmo de crescimento da economia chinesa. A projeção é de que o cenário em 2024 deverá continuar desfavorável para a América Latina. Fatos que impactam a economia brasileira, em especial, as exportações.
O principal fornecedor de produtos médico-hospitalares para o Brasil é os Estados Unidos, com 17,2% do total e líder em 11 segmentos. Em seguida vem a Alemanha, com 15,8%, sendo o parceiro mais relevante no segmento de reagentes para diagnóstico in-vitro. China completa a lista com 11,4% e hegemonia em cinco segmentos.
Os Estados Unidos também são os principal país de destino dos produtos brasileiros, com 20,4% do total, seguindo de Argentina (8,6%) e Colômbia (5,1%). Destacam-se as compras norte-americanas de equipamentos e material de apoio para OPME, que correspondem a 57,6% do volume exportado.
“Acreditamos em um incremento modesto nos números, em 2024, mas sempre mantendo a tendência de crescimento do setor, considerando que há espaço para novas tecnologias”, analisa o presidente executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.
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