Acreditado Nível III pela ONA, HOPE investe em sólida cultura de qualidade

O primeiro hospital especializado de Pernambuco a ser acreditado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Essa é uma das intitulações dada ao Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), que, através de suas cinco unidades, é responsável pelo atendimento de milhares de vidas na região metropolitana de Recife.

Em 2015, o HOPE conquistou o seu primeiro selo pela ONA. Dois anos depois, em 2017, o Hospital alcançou a acreditação em Nível III. “Os próximos passos são a manutenção periódica desse certificado e, futuramente, alçar voo para obter também a certificação internacional”, revela Cyntia Santiago, diretora do Hospital de Olhos de Pernambuco.

Para conservar o selo, a executiva conta que o grande desafio da Instituição é manter diariamente as práticas de segurança e de qualidade orientadas pela ONA. “Elas não devem ser apenas realizadas na fase de recertificação, elas precisam fazer parte da rotina do Hospital. É como fazer uma boa prova, o estudo deve ser contínuo e não às vésperas do exame”.

Cyntia ressalta a importância de haver dentro do Hospital um departamento ou profissional dedicado especialmente à Qualidade, além da necessidade da busca incessante pela melhoria contínua e governança clínica integrada à gestão. Reuniões periódicas de verificação e alinhamento com as principais áreas envolvidas também são práticas recomendadas pela diretora.

“Outra prática valiosa é manter sempre um canal aberto dos colaboradores com a gestão do hospital para sugestões de melhorias, afinal, quem está na ponta de cada atividade é, sem dúvida, a pessoa que melhor conhece sua tarefa e pode contribuir para a otimização de todo o processo”, destaca Cyntia, que acredita que se o trabalho for realizado desta forma, a manutenção do selo deixa de ser uma meta para se tornar uma consequência.

Um desafio interno e externo

Ao se submeter, pela primeira vez, a um processo de acreditação, o desafio maior de um hospital é a implantação da cultura formal da melhoria contínua. Isso significa que, mesmo que a instituição já desenvolva excelentes práticas de segurança do paciente, processos e gestão, a acreditação traz uma forte exigência de formalização, padronização e aprofundamento dessas práticas.

Diante deste entrave, a diretora do HOPE pontua que é necessária uma adequação da equipe hospitalar para as novas formas de fazer suas atividades, pois, com a acreditação, todas as informações passam a ser documentadas de forma rígida e regular – o que leva os departamentos a entraram em um novo patamar de integração entre si.

A executiva explica que no HOPE existe uma cultura que impulsiona um alinhamento entre os colaboradores para que todos compreendam o propósito de cada iniciativa. “Também cultivamos o hábito de celebrar juntos cada conquista. Isso contribui significativamente para enfrentar desafios como esse”.

Outro desafio pontuado por Cyntia é o de comunicar para o cliente o que significa, de fato, ser um hospital acreditado. “O paciente só vai entender melhor o valor daquela medalha, que é o selo de certificação, quando ele presencia os detalhes do jogo. E, na verdade, ainda assim, ele só vai notar a superfície da qualidade embutida no processo porque, nos bastidores, há um vasto e complexo universo de atividades de controle que são realizadas para garantir a segurança, mas que podem não ser tão facilmente identificáveis pelo paciente”, exemplifica.

O valor da medalha
Demonstrar a vontade e a escolha do hospital por evoluir e prestar um serviço cada dia melhor, este é o primeiro valor que o selo ONA traz para uma instituição hospitalar. “Acreditamos que, através do sucesso no processo de acreditação e da obtenção da certificação desejada, a instituição mostra a sua capacidade e competência na jornada da melhoria contínua”, cita.

“Por essa razão, costumamos dizer que o selo é como uma medalha – e a nossa já é de ouro –, conquistada numa competição acirrada, consigo mesmo, e que simboliza todo o esforço do time”, revela. Para Cyntia, o selo traz também um alto nível de segurança para o paciente e, consequentemente, um diferencial de mercado.

Melhoria que não para

O HOPE tem investindo tempo e atenção ao futuro através de processos de inovação com base nas tecnologias disponíveis no mercado para as áreas de diagnósticos e atendimento médico.

Em 2012, a Instituição iniciou um estudo em Inteligência Artificial (IA) com o objetivo diagnosticar a doença ceratocone. “Usamos o poder computacional para analisar centenas de variáveis dos pacientes, onde, com base em informações especificadas previamente ao computador, conseguimos detectar de forma mais precoce a doença”, explica Cyntia Santiago.

A executiva ressalta que o HOPE tem fortalecido cada vez mais a aliança entre TI e saúde na Instituição como um processo de constante melhoria. “Estamos trabalhando para brevemente, com a ajuda das inovações tecnológicas, proporcionar aos nossos pacientes um atendimento ainda mais seguro e completo”, finaliza.

Raio X HOPE
Número de leitos: 11
Número de colaboradores: cerca de 409 empregos direto e 60 indiretos
Média de atendimentos realizados por mês: 30.000

 

Esta matéria foi publicada na 53ª Revista HealthCare Management.

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