Arquiteto russo cria projeto de hospital em forma de iate na Tunísia

O hospital mais agradável do mundo. Essa é a proposta do arquiteto russo Vasily Klyukin, que projetou e desenvolveu um plano para construir um edifício de saúde com a estética de um iate, na Tunísia Economic City (TEC) – “Cidade Econômica da Tunísia”, em português. A cidade futurista, orçada em aproximadamente R$ 150 bilhões, será erguida na Tunísia, na África do Norte. O mega-projeto foi lançado em 2014 pelas autoridades do país.

Segundo Klyukin, a Cidade Econômica faz parte de um projeto ambicioso e será um elo importante na cadeia internacional entre Hong Kong, Cingapura e Dubai. E um dos primeiros edifícios a serem construídos no local será o White Sails Hospital & Spa, projetado pelo arquiteto russo com o objetivo de que os usuários sintam calma e tranquilidade. “O projeto está congelado no momento. Não o meu projeto, mas toda a TEC”, revela.

Com o formato de um iate gigante, o projeto do hospital tem quatro torres em forma de vela edificadas uma plataforma elevada, rodeada por piscinas que causam a sensação de navegação no mar.

Klyukin explica que, para criar conexão e acessibilidade, os blocos do hospital são conectados a um grande estilóbato, tornando toda a estrutura em um edifício comum. “Uma parte dos blocos será destinada para o hospital, já as outras salas serão direcionadas para quartos dos familiares dos pacientes”, explica sobre a distribuição de algumas áreas do edifício.

Apesar do projeto parecer um tanto quanto futurista e com fachadas de vidro exuberantes, o arquiteto assegura que não há nada de incomum nos materiais que pretendem ser usados na edificação e que os custos e despesas para o projeto são semelhantes a qualquer outro edifício típico deste porte.

 “O entusiasmo está no design”, articula Vasily Klyukin, arquiteto responsável pelo projeto do White Sails Hospital & Spa, na Tunísia.

Vasily Klyukin é um empresário russo e co-fundador do Sovcombank, um banco comercial. Em 2007, engajou-se no desenvolvimento imobiliário e se envolveu no encerramento de construções congeladas durante a crise, a partir de 2009. Em 2010, começou a se envolver com questões de arquitetura e design, sendo, hoje, uma personalidade inovadora nesse setor. Klyukin acredita que cada edifício, além de seu conceito, também deve ter sua própria história ou lenda. “Os edifícios são a face da cidade. Os edifícios extraordinários beneficiam a cidade e a embelezam por séculos. Ao alcançar o status de “elegante”, o famoso edifício também traz os dividendos significativos para o seu desenvolvedor”.

Nesse sentido, Klyukin pontua que o design e a abordagem do edifício criarão uma atmosfera otimista para o hospital, com menos estresse e uma cura mais rápida. “É um design que te deixa saudável apenas por estar lá, não é novidade que muitos dos nossos problemas vêm da pressão que nos colocamos e de estarmos nervosos. O hospital cuidará do bom humor e do espírito saudável. Os visitantes se sentirão mais como os convidados durante o cruzeiro, em vez de pacientes. A ideia é mostrar um hospital onde não há espaço para o medo. Quero ouvir meu filho dizendo: “Papai, quando vamos visitar o navio de novo?”, reflete.

Além de toda a preocupação com a estética e funcionalidade do prédio, Klyukin também traz a questão da humanização para a equipe clínica. Como ele pretende fazer com que os visitantes se sintam como convidados em um cruzeiro durante a sua estadia, uma das ideais do projeto é que os funcionários estejam vestidos com uniformes de marinheiro para combinar com o tema. “Quero que o paciente não se sinta em um hospital, mas em um grande navio junto ao mar”, conclui.

Essa matéria foi publicada na 28ª edição da revista HealthRAQ. Clique e confira a publicação. 

 

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