Com novo modelo de gestão, Santa Casa de Juiz de Fora busca novo selo de acreditação

Fundada pelo Barão de Bertioga em 1854, a Santa Casa da Misericórdia de Juiz de Fora é a terceira instituição mais antiga da cidade mineira, atrás apenas da Vila de Santo Antônio do Paraibuna e da Câmara Municipal. 165 anos depois, o Hospital cresceu, se desenvolveu e conquistou muito mais do que o Barão poderia sequer sonhar em meados do século XIX.

Obstinada por qualidade e processos, a Santa Casa encontrou nas pessoas e sua união o caminho para grandes ganhos em eficácia e resultados. Hoje, com 2.400 colaboradores, 850 médicos e quase 88 mil atendimentos de Pronto Socorro ao ano, a busca por certificações de excelência norteia o dia a dia da Instituição.

Acreditações
Já fazem parte da lista de certificações conquistadas ONA Nível 3, ISO 9001 versão 2015, Certificação de Hospital de Ensino e Certificação de Hospital Amigo da Criança. Agora, o trabalho é pela conquista da Acreditação Internacional Dias Niaho. Renato Villela Loures, presidente da Santa Casa de Juiz de Fora, espera conquistar o selo em 2020, e acredita que as certificações refletem uma cultura contínua de melhorias constantes.

“Estas certificações significam que atendemos com qualidade aos critérios de segurança do paciente e gestão integrada, com processos ocorrendo de maneira fluida e plena comunicação entre as atividades”, explica. Acima de tudo, no entanto, Loures credita o reconhecimento aos profissionais, sua humanidade e engajamento em salvar vidas como se tratassem de membros de suas próprias famílias.

Gestão estruturada
Concretizado em 2009, o processo de Gestão de Qualidade da Santa Casa de Juiz de Fora objetivava tornar o hospital um reconhecido prestador de serviços de saúde em excelência. “A partir deste momento, foram realizados diagnósticos e implantadas ferramentas de gestão que permitissem garantir um modelo sustentável e traduzido em práticas permanentes em todos os processos realizados pela Instituição”, relembra o presidente.

Através da capacitação de pessoas e melhoria dos processos, o Sistema de Gestão vem sendo amadurecido a cada novo ciclo. A atualização constante garante ao paciente muito mais do que segurança, mas uma mescla de humanização e tecnologia de ponta. “Os impactos são monitorados e analisados, visando reavaliar os processos e traçar melhorias necessárias para adequações e inovações nas atividades desenvolvidas.”

Investimentos
Hoje, além de passar pelo processo de auditoria do selo Niaho, a Santa Casa também está implementando de um novo Sistema de Gestão, Gestão Corporativa e Compliance, com aplicação das melhores práticas em Saúde do mundo. Os investimentos em inovações tecnológicas, que melhoram o desempenho em seus setores de atuação, não ficam para trás.

Hoje, a empresa emprega a tecnologia Power BI da Microsoft, com gestão à vista e o sistema MV Soul. “Entre os avanços podemos citar a implantação do workflow, cujo fluxo automatiza o processo de agendamento de cirurgia eletiva tanto para o SUS quanto para os convênios, e a criação de uma Gerência de Inovação Tecnológica, visando alavancar iniciativas que criem posicionamento estratégico de destaque no mercado regional e nacional”, conta Loures.

A ferramenta “Analytics”, utilizada para que os profissionais da Instituição possam elaborar painéis de gestão à vista, também foi implementada recentemente. O software permite a disponibilização de dados no monitor, em tempo real e de forma gráfica, e possibilita ainda a análise de seus resultados.

Nova cultura
Até 2023, a Santa Casa de Juiz de Fora pretende se tornar referência nacional através de um novo modelo de gestão. “Investimos em pessoas, processos e infraestrutura, a fim de garantir a qualidade do nosso serviço e a segurança dos pacientes.”

Mais como um meio do que um fim propriamente dito, o presidente destaca a importância das certificações nesta busca. “As acreditações nos permitem aprimorar nossas práticas, nos colocando em auditoria, mostrando nossa eficiência e melhorias de forma contínua.”

Esta matéria foi publicada originalmente na edição 62 da revista Healthcare Management.

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