Em julho deste ano, o Brasil ganhou oficialmente um dos mais modernos núcleos de estudos do país. Localizado em 44 mil m² no bairro Morumbi, Zona Sul de São Paulo, o Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein – campus Cecília e Abram Szajman é uma iniciativa da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, que, investiu, ao todo, R$ 700 milhões no empreendimento.
Desenvolvido com a concepção de “oásis de conhecimento”, a diretora-executiva de Patrimônio, Engenharia e Infraestrutura do Einstein, Junia Gontijo, explica que o Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein traduz o que há de mais avançado em técnicas e estruturas de aprendizado e em espaços para a construção da ciência.
“A ideia é entregar um local de bem-estar por meio do contato com a natureza, da iluminação natural, do conforto ambiental e de uma série de aspectos que realmente trazem essa sensação.”
A diretora explica que a concepção do projeto teve início ainda em 2014, mediante o Plano Diretor de São Paulo. “A partir daí, houve a ampliação das atividades complementares aos Complexos de Saúde em sua área envoltória, que permitiu dar o primeiro passo da Sociedade para a implantação do Centro.”
A equipe da Sociedade, então, iniciou o processo de prospecção do terreno, adquirindo vários imóveis ao longo dos anos para possibilitar a construção do centro. Parte do terreno também foi adquirido por doação. Em seguida, a equipe iniciou um longo e minucioso processo de aprovação para implantação do empreendimento.
Paralelamente, Junia explica que a Sociedade realizou a contratação do arquiteto-líder, mundialmente reconhecido, e das demais consultorias locais e internacionais que trabalharam no projeto. “De fato, foi realizado um trabalho importante de pré-construção, no qual as soluções de projetos, logística, planejamento e custos foram avaliadas de forma antecipada.”
Coração do projeto
Baseado no ideal de unificar conforto e ciência em um só lugar, o Centro de Ensino e Pesquisa do Einstein foi criado em torno de um átrio jardim iluminado por uma grande claraboia, mesclando elementos naturais às áreas de laboratórios, salas de aula e espaços de uso comum.
“O Centro está organizado em duas alas interligadas, que delimitam o átrio central. Criamos um bosque na área com o objetivo de trazer a natureza para o interior, composto por milhares de espécies que foram cultivadas durante anos em um viveiro, para que quando fossem trazidas já estivessem aclimatadas.”
Outro elemento importante do átrio é a cúpula de vidro que cobre o edifício. “O resultado é que qualquer um, em qualquer lugar que esteja, sinta-se acolhido por um ambiente que privilegia a integração, a sinergia e a colaboração.”
Junia explica que a equipe realizou pesquisas e visitas a diversos países para identificar os melhores parceiros, uma vez que a tecnologia necessária para inserir a cúpula não estava disponível no Brasil. “ Outro destaque é o paisagismo, que foi igualmente desafiador e é protagonista na concepção do edifício.”
Alta tecnologia
Além de ser projetado para ser um marco de arquitetura e engenharia, o Centro de Ensino e Pesquisa do Einstein também foi concebido a partir do que há de mais moderno no quesito infraestrutura.
“O projeto conta com alta tecnologia, desde a concepção do projeto até a implementação instalação de um sofisticado sistema de controle e automação e na implantação dos sistemas críticos e demais instalações.
Junia ainda completa: “A tecnologia está presente também nos materiais utilizados, nos métodos abordados para a solução da cobertura de vidro, no controle ambiental contínuo necessário para a sobrevivência das inúmeras espécies do bosque interno, no sistema de áudio e vídeo e nas soluções de isolamento térmico e acústico dos ambientes, entre outros.”
Além disso, o edifício é totalmente automatizado e possui as melhores tecnologias em termos de eficiência energética, consumo de utilidades e climatização. “Nas fases de concepção o projeto, escolha de materiais, planejamento e logística de obra, foram consideradas as melhores práticas e recomendações de construções sustentáveis. O edifício está em processo de finalização da certificação Leed Gold.”
Para colocar todo o projeto em pé, a diretora do Einstein destaca a importância dos quatro mil profissionais de engenharia e arquitetura envolvidos.
“Toda a equipe estava comprometida comprometidos em materializar não apenas um conceito, mas acima de tudo o propósito do Einstein na forma de um edifício único, um lugar onde a beleza da arte, da arquitetura e da engenharia se encontram para produzir um ambiente de encantamento e bem-estar, que se coloca a serviço da saúde e da vida.”