Abordagem minimalista e com luz direcionada está entre os destaques do projeto
As instituições de saúde têm o objetivo de proporcionar a melhor experiência possível para o paciente e isso é feito de diversas formas, que vão desde o design de interiores até as formas de acomodações oferecidas.
Para o novo projeto da Build Health, empresa de arquitetura e consultoria voltada para a área da saúde, a ideia era trazer o conceito de inovação para o ambiente, inspirado em uma identidade futurista.
“Realizamos o projeto em 2020 e fomos chamados para fazer parte de uma virada de chave no cliente. Ele estava estruturando uma nova marca, direcionada para Atenção Primária, e a premissa era que fosse um ambiente fora do convencional, ainda que a marca não tivesse nome ou identidade visual”, relata Ana Cabral, diretora da Build Heath.
Dessa forma, o escritório trabalhou desde o estudo conceitual até o detalhamento do executivo para conceituar o trabalho e, a partir daí a marca começou a se desenvolver enquanto identidade visual.
O maior diferencial do projeto é a exigência do cliente em ter um ambiente mais futurista. “Para isso, utilizamos pouca variedade de materiais, com a aplicação de uma única cor marcada em forma de pórticos, trazendo uma abordagem minimalista.”
Essa solução foi estratégica para facilitar o escalonamento e replicação da proposta nas 13 unidades da marca, espalhadas por São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Além disso, o mobiliário de design contemporâneo colaborou para a identidade futurista, desconstruindo o ambiente engessado através de um layout orgânico. “A sala de espera, por exemplo, é diferente dos modelos já conhecidos e remete mais a uma sala de estar.”
Ana conta ainda que foram pensadas diversas formas de utilizar a iluminação para chegar ao ambiente futurista. “A luz destaca o uso das cores e marca as etapas da jornada do paciente. As luminárias lineares em LED acompanhando os pórticos ajudaram a arrematar o efeito ‘de volta para o futuro’ que buscávamos.”
Apesar de bem planejado desde o início, o projeto apresentou alguns desafios, como se manter no orçamento estabelecido pelo cliente.
“Na pandemia, muitos materiais ficaram escassos, o que resultou no aumento do preço e no prazo de entrega prejudicado. Trabalhamos na busca de materiais que atendessem o critério de custo e prazo, para não prejudicar o planejamento do cliente ”
E completa: “O trabalho passou por várias revisões até alcançarmos a tríade: Design, Custo e Escalonamento. A estratégia para alcançar o objetivo foi priorizar materiais simplificados e trabalhar o azul com tinta, em forma de pórticos, para tornar o ambiente flexível para futuras mudanças.”
Ana pontua que, uma vez que o projeto possui base civil neutra, a Build Health pode investir no mobiliário com design.
“Dessa forma, o coroamento para a demanda de ser um ambiente inovador é direcionado para as peças que podem chegar no final da obra.”
Acolhimento
Assim como em todas as obras de seu portfólio, a Build Health também buscou investir no acolhimento para esse trabalho. “Sempre consideramos nossos projetos como humanizados, pois são pensados em como as pessoas se comportarão ali.”
Ana acredita que o conceito de humanização está definido pela qualidade do projeto. “Se um projeto possui boas premissas de iluminação natural, boa circulação, materiais adequados, cores harmoniosas e organização de elementos, ele será humanizado, no sentido de que as pessoas se sentirão bem naquele lugar.