Conhecido pela excelência e humanização do cuidado com os pacientes, o Hospital Evangélico de Londrina atua há sete décadas no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), convênios e particulares. A instituição filantrópica reúne diversos prêmios, certificados e reconhecimentos e, recentemente, foi acreditada em Nível III pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).
A certificação é a primeira a ser concedida no Estado do Paraná para um hospital filantrópico de grande porte e com atendimento ao SUS.
“Hoje, dos mais de 6.800 hospitais existentes no país, apenas 144 são certificados, e fazemos parte deste seleto grupo, que representa 2% de hospitais no Brasil a conquistar o certificado de qualidade”, comemora a Lourdes Marques, CEO da Instituição.
A acreditação é resultado do aperfeiçoamento e padronização dos processos, adequação da estrutura física e melhorias no atendimento e na assistência. Sempre colocando a segurança do paciente e dos profissionais em destaque, o Hospital alcançou benefícios como melhor desempenho organizacional, redução de custos e qualidade e segurança nos serviços prestados.
Além disso, já foi possível perceber melhoria dos resultados financeiros, ampliação da competitividade no mercado, capacitação da equipe, atração de novos talentos, aumento da credibilidade da marca e da satisfação dos clientes. “A acreditação inspira a instituição a olhar para o futuro e é notório que preparou o nosso Hospital para o crescimento”, afirma Lourdes.
Além disso, as mudanças nos processos proporcionaram maior transparência na gestão, o que permitiu a melhoria sistêmica, fortalecimento dos órgãos de controle e engajamento da equipe.
Para vivenciar os impactos positivos, a Instituição passou por desafios como a mudança cultural e o alto investimento financeiro em capacitações e melhorias estruturais. “Foi fundamental envolver a equipe, corpo clínico e parceiros em um projeto associado ao planejamento estratégico”, afirma.
Agora, o próximo desafio é a manutenção do selo conquistado. Para isso, Lourdes ressalta que é importante engajar a liderança e toda equipe para permanecer ativa e empenhada para a excelência dos processos. Um exemplo de prática adotada é a criação do escritório de melhoria contínua e o núcleo de segurança do paciente.
“O objetivo é promover e acompanhar processos aliados à prática do planejamento estratégico e ao exercício da excelência na assistência, no administrativo e operacional, contribuindo sobremaneira para o sucesso organizacional.”
Apesar de conquistar o selo, a Instituição já prospecta melhorias para o próximo ano e irá investir R$ 2,3 milhões em modernizações das instalações, que envolve a área materno-infantil e infraestrutura de combate a incêndio. Outro ponto que deve ser aprimorado em 2018 é a tecnologia como desenvolvimento de soluções para aperfeiçoar a comunicação, por exemplo.
Para Lourdes, a inspiração do Hospital é poder trazer transformações para área da Saúde. “Ao olharmos para o mercado, entendemos que as perspectivas para o setor são promissoras. Acreditamos que será possível, com muito trabalho e dedicação, maximizar as oportunidades nos próximos anos.”
Novas práticas de governança
Além do aperfeiçoamento e padronização dos processos, adequação da estrutura física e melhorias no atendimento e na assistência, a acreditação Nível III pela ONA proporcionou a implantação das governanças corporativa e clínica. Um exemplo é o conselho deliberativo formado por representantes das instituições mantenedoras e por representantes do conselho consultivo.
“São pessoas renomadas e independentes advindas do mercado da saúde e que contribuem com a nossa melhoria”, conta.
Já a diretoria técnica realiza o acompanhamento das clínicas e dos profissionais médicos, seus volumes e performance. Também monitora o cumprimento da ética, os resultados e o exercício da medicina, consolidando um trabalho fundamental para o desenvolvimento das especialidades médicas na instituição.
Já as reuniões periódicas proporcionam o acompanhamento de todas as áreas do Hospital, que abrange desde a economia e finanças até compliance. “Possuímos órgãos de controle e níveis de atuação dos públicos estratégicos. A bússola norteadora desse processo contempla todos os requisitos recomendados pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa”, ressalta a CEO.
As auditorias internas e independentes também colaboram para o fortalecimento dos sistemas de controle organizacional e elevam o perfil competitivo da instituição. “O código de conduta e o canal de denúncia integraram as boas práticas, favorecendo a prevenção, identificação e combate a fraudes e condutas inadequadas, bem como a promoção de impactos positivos na imagem, credibilidade e valorização do hospital em relação aos seus públicos de relacionamento”, revela.
É com uma gestão participativa que toda a equipe é integrada ao processo de desenvolvimento do Hospital Evangélico de Londrina. Dessa forma, os colaboradores podem acompanhar resultados, elaborar planos de ação, participar de reuniões setoriais e de análise crítica.
Diferencial em prática
Criar diferenciais para o negócio é um desafio em diversos ramos, inclusive no setor da Saúde. O Hospital Evangélico de Londrina aposta em tecnologias para auxiliar nos processos de trabalho. Um exemplo é a Assinatura Digital nos prontuários eletrônicos, que está em funcionamento desde abril de 2017. A medida garante mais segurança, sustentabilidade e economia além da integridade, autenticidade e sigilo do conteúdo. “O atendimento também se torna mais assertivo por conta da disponibilidade da informação no momento desejado e rápido acesso ao histórico do paciente”, completa Lourdes Marques, CEO da Instituição.
A Assinatura Digital também diminuiu o número de impressões, contribuindo para a sustentabilidade financeira e ambiental. “Em 2018, finalizamos a implantação da assinatura digital, elevamos o nível de segurança e garantimos a economia de aproximadamente de R$150 mil, 26% de outsourcing de impressão.”
O Hospital ainda possui o Prime HE, aplicativo que apoia médicos com informações sobre prescrições realizadas e possui um painel de notificação, com dados sobre paciente, por exemplo. E também o Faturame HE voltado para à área financeira que informa sobre fechamentos, apresenta o percentual faturado, taxa de ocupação online, sintético e analítico por convênio.
Outro recurso é a tecnologia à beira leito, que começou sua fase de teste em 2018. A ferramenta colabora para o aumento da segurança do paciente e otimiza o processo de faturamento. Já no centro cirúrgico foi implantado os óculos com realidade virtual para reduzir o estresse pré-operatório em crianças.
Raio-X
Nº de colaboradores: 1.532 colaboradores ativos
Nº de leitos: 358 leitos, sendo 64 de UTI adulto e pediátrica
Nº de atendimentos no Pronto Socorro: 64.733 atendimentos prestados em 2017
Nº de cirurgias: 18.663 cirurgias realizadas em 2017 e 3.280 partos realizados em 2017
Taxa de ocupação: A taxa de ocupação do HE Londrina em 2017 foi em média de 72,6%
Índice de satisfação do cliente: 94% de satisfação em 2017
Faturamento em 2017: Em 2017, o faturamento da AEBEL, instituição mantenedora do Hospital Evangélico de Londrina, foi de R$ 196.342.000,00
Esta matéria foi publicada na 57ª edição da revista Healthcare Management.