Hospital Tacchini qualifica profissionais de enfermagem, com destaque para atendimento dialítico de pacientes críticos na UTI

Instituição foi ganhadora do prêmio Excelência da Saúde 2021

Com quase 100 anos de história em solo gaúcho, o Hospital Tacchini construiu um legado pautado na centralidade do paciente em cada uma de suas ações.

Nesse contexto, a enfermagem exerce um papel fundamental na qualidade do atendimento prestado pela Instituição. 

“Os profissionais dessa área compreenderam com profundidade a importância de estarem sempre abertos a mudanças que agreguem valor aos clientes. Isso significa trabalhar permanentemente para diminuir o tempo de internação dos pacientes e, no tempo em que eles estiverem conosco, gerar o mínimo de desconforto possível”, aponta Hilton Mancio, superintendente do Tacchini Sistema de Saúde.

Acompanhando as tendências e transformações do setor, a área de enfermagem se propôs a transformar toda a sua atividade interna no Hospital.

Por meio de uma série de projetos pensados e executados pela própria equipe, a Instituição realizou a incorporação de novas tecnologias, a modernização de processos e a evolução do modelo de humanização. 

Exemplo desse engajamento é o atendimento do Pronto Socorro, em que o paciente entra na sala e os recursos são direcionados a ele, sem a necessidade de qualquer deslocamento, desde a parte assistencial, como a triagem e o atendimento médico, até a complementação do check-in pelo setor administrativo. 

“Essa foi uma solução encontrada pela própria equipe de enfermagem para que o paciente deixasse de ser uma peça na linha de produção, passando de setor em setor, para se tornar verdadeiramente o centro das ações”, ressalta Mancio.

E foi justamente essa consciência organizacional da enfermagem que permitiu que o hospital, em 2020, estivesse mais preparado para as profundas mudanças de rotina causadas pela pandemia do novo coronavírus. 

O intercâmbio entre áreas como bloco cirúrgico, UTI e leitos de internação, por exemplo, passou a ser rotina durante a pandemia e, hoje, é um entendimento consolidado entre todos. 

“Essa cultura de evolução dos profissionais da enfermagem está sendo liderada pela médica Roberta Pozza, diretora de divisão hospitalar do Tacchini, em conjunto com Marcela Dachery, gerente de enfermagem. Foi a partir da provocação de ambas aos seus times que começamos a mudar a forma de pensar e agir dentro da Instituição.”

Tanto esforço resultou, entre outros avanços, na qualificação da equipe de enfermagem da UTI Adulto em atendimento dialítico de pacientes críticos em 2020.

Esse certificado, considerado raro entre os hospitais do mesmo porte, permite ampliar ainda mais o processo de humanização no atendimento, uma vez que o mesmo profissional de saúde passa a realizar a assistência integral dos pacientes.

Até então, um técnico específico era designado pela instituição para efetuar a diálise de todos os pacientes. 

“A qualificação de enfermeiros e técnicos em enfermagem traz também mais conforto ao paciente, sobretudo na seleção dos horários de tratamento”, ressalta o superintendente.

Sistemas de gestão

Além do engajamento da equipe de enfermagem, o Tacchini também contou com outras ações que resultaram diretamente na melhoria da segurança para o paciente. 

Um dos exemplos é a de efetivação do Round Diário, ação que promove reuniões da equipe multiprofissional, incluindo os enfermeiros, para avaliarem todos os pontos de atenção e ainda definirem a gestão do fluxo interno.  

Outra ação é o Safety Huddle, que promove encontros no início de cada plantão, seja ele diurno ou noturno. Nesse momento, são debatidos os principais riscos para o período, como pacientes com alta de UTI nas últimas 24 horas e pacientes com acionamento do time de resposta rápida.

A Instituição também investiu no Escala Mews, ferramenta de organização interna de atendimento. Segundo Mancio, “a implementação de um protocolo de deterioração aguda precoce com base no cruzamento de uma série de sinais vitais permitiu um aumento considerável na segurança do paciente.”

No entanto, o superintendente ressalta que todas essas mudanças só foram possíveis graças a flexibilização dos profissionais de saúde.

“A flexibilização de todos os colaboradores, com inegável protagonismo dos enfermeiros, permitiu que o Tacchini, com 40 leitos regulares de UTI, atendesse 73 pacientes críticos ao mesmo tempo durante a segunda onda da covid-19”

Mancio pontua ainda que a pandemia da covid-19 exigiu muito mais que equipamentos e estrutura. “Foi necessária a compreensão de toda equipe. Hoje, todos os cerca de 800 profissionais de enfermagem que estão conosco sabem que seu trabalho não está restrito ao setor, mas está intimamente ligado às necessidades dos pacientes.” 

Investimentos organizacionais 

Seguindo os preceitos de atendimento de excelência ao paciente, a Instituição vem investindo em uma série de ferramentas digitais para qualidade de atendimento e agilidade ao trabalho no setor.

“Tanto a implementação de processos, quanto às inovações tecnológicas permitem que o profissional de enfermagem dedique menos tempo em questões burocráticas e invista toda a sua atenção nas necessidades do paciente, sejam elas quais forem.”

Apoiados por investimentos constantes do hospital, os enfermeiros receberam importantes reforços na área, como a implantação do prontuário eletrônico há 14 anos e a certificação digital há mais de 6 anos, tanto para médicos quanto para a enfermagem, bem como a integração automatizada dos sinais vitais do monitor multiparamétrico, que exige apenas uma validação do profissional.

Na UTI Adulto, o hospital realizou a instalação de dispensários eletrônicos e a checagem beira leito como exemplos de upgrades tecnológicos.

“Todos os medicamentos administrados são chegados checados duplamente através de um sistema de código de barras presente na pulseira do paciente e na embalagem da medicação. Dessa forma, é possível agilizar a ação e, ao mesmo tempo, criar uma barreira extra de segurança.”

Além dos investimentos tecnológicos, a área educacional também recebeu reforços da Instituição. “Promovemos diversos treinamentos internos. A qualificação de técnicos de enfermagem para realização de diálise dentro da UTI Adulto é apenas uma delas”, explica Mancio.

De olho no futuro

Pautada sobre o pilar da busca constante pela excelência no atendimento, o hospital segue melhorando seus processos para gerar ainda mais valor aos pacientes.

O hospital está elaborando um projeto de implementação da residência multiprofissional e o monitoramento de pacientes ligados a aparelhos por meio de inteligência artificial.

“Esses são exemplos de ações que estão em fase final e que devem passar a ser realidade no Tacchini em breve.”

Além disso, o Sistema de Saúde já está investindo em áreas além da enfermagem. Já está em curso, por exemplo, o maior investimento da história quase centenária do Tacchini: o Hospital do Tacchimed.

Trata-se de um prédio de nove andares, que vai contemplar, além dos quatro andares de leitos de internação equipados com tecnologia de ponta, um andar inteiro dedicado à hemodiálise e um centro de reabilitação fisioterápica equiparado aos melhores do país.

Em menos de três anos, o Tacchini Sistema de Saúde vai passar dos atuais 26 mil m² de área construída para 58 mil m², mais do que dobrando seu tamanho.

Ou seja, as perspectivas são de evolução contínua das estruturas de saúde. “Esse é o resultado da união de todos em torno de um único objetivo: melhorar a qualidade do atendimento aos nossos clientes.”

Além disso, a Instituição tem se dedicado a autonomia das pessoas, sempre primando pela responsabilidade. “Esse é um processo institucional do hospital que se traduz na enfermagem através de um modelo de gestão.”

Hospital Tacchini

A História do Hospital Tacchini tem ligação direta com a formação e desenvolvimento da comunidade de Bento Gonçalves (RS).

A partir de 1875, quando chegaram as primeiras famílias de imigrantes, todas viviam sem assistência em saúde. 

Foi somente em 1912, quando o médico Bartholomeu Tacchini chegou à região que as famílias começaram a ter algum tipo de atendimento em saúde.

Após a sua chegada, o médico viu suas condições de trabalho se esgotarem e a alternativa mais viável seria construir um hospital ou deixar a cidade. 

Após grande mobilização da comunidade, o Tacchini viu surgir um hospital que nasceu com o apoio total da comunidade.

Hoje, o Tacchini Sistema de Saúde é composto por quatro unidades de negócio: Hospital Tacchini, Hospital São Roque, Plano de Saúde Tacchimed e o ITPS – Instituto Tacchini de Pesquisa em Saúde.

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