QA (Quality Assurance)– ou Garantia da Qualidade – é uma disciplina que também envolve aSegurança do Paciente, de acordo com o IOM – Institute of Medicine.
Desde 2002 oLeanintegrou-se com oLean Healthcarecomo uma disciplina hospitalar que busca aumentar a qualidade, reduzir desperdícios, otimizar o tempo de entrega e os espaços ocupados, melhorando processos orientados ao cliente, neste caso o paciente.
QA e Lean utilizam ferramentas similares e são orientados ao mesmo público, ou seja, os stakeholders hospitalares. Sendo assim, por que então fazer reuniões de conscientização, ou difusão, distintas, uma para Lean, outra para Segurança do Paciente e outra para Qualidade?
Isso seria considerado um desperdício de tempo, que é um dos nossos objetivos a eliminar.
Por que utilizar Lean? E por que utilizar desde já?
Estamos vivendo tempos de mudanças acentuadas e nossa necessidade de adaptação cresce dia a dia. Muito se fala de inovação. Lean é uma importante ferramenta disruptiva, inserida no como cultura organizacional nos últimos anos.
Existe o preconceito que Lean – ou Método Toyota – serve apenas para o setor produtivo, e isso não está correto. Na realidade temos os Lean Service há quase 30 anos, desde 1994, hoje utilizado emtodas as áreas de uma empresa, e na área da Saúde temos oLEAN HEALTHCARE.
O problema nas empresas hospitalares é que, com custos crescentes e necessidade de aumentar investimentos devido à complexidade da medicina, freia-se com os recursos disponíveis. Mas é consenso que o desperdício hospitalar ronda em os 30%. Com margem de lucro entre 4% e 10%, as instituições que reduzirem o desperdício, mesmo em pequena proporção, vislumbrarão seus lucros aumentarem para o dobro. Ou mais.
São problemas comuns de qualquer hospital: fluxo não uniforme de pessoas e materiais, tempos de espera de pacientes e profissionais, excesso de estoque em alguns itens enquanto há ruptura de estoque em outros, procedimentos com erros ou defeitos, processos burocráticos e a alta necessidade de liberar espaços para novas atividades. Estes problemas são a essência das soluções doLean Healthcare.
Criando um único departamento ou gerência, que denominamosLQS, os avanços obtidos em uma disciplina serão compartilhados com as outras. Dessa forma poderemos justificar economicamente a utilização de uma estrutura mais ampla.
NoLQS, as ferramentas mais utilizadas em comum são:PDCA, 5 Whys. Pareto, Ishikawa, DMAIC, Root Cause Analysis, entre outras.
Não devemos, contudo, esperar resultados imediatos, pois primeiro deve-se implantar uma cultura em toda a organização e orientar as mentes para compreender e ver o que éMUDA(desperdício, na linguagem do Lean), ou seja, o que não agrega valor ao cliente final. Isso será um grande avanço, pois introduz um paradigma e uma nova visão para enxergar a realidade, pois muitas vezes, ano após ano, pensávamos haver uma única forma correta de se fazer este procedimento.
Para estabelecer uma cultura sustentável – sem idas e vindas – temos que trabalhar com o engajamento da alta governança, pois com o envolvimento de todos osstakeholdersos resultados serão alcançados em torno de 3 a 5 anos, certos de que os melhores frutos chegarão no meio tempo com o envolvimento de todos.
Tenho escutado várias pessoas dizerem: “Sim, já aplicamos, mas agora não sei como está”. Esse é o pior resultado, pois, sem fracassar, o tema despencou e não se aplica mais.
Os cases de sucesso do Lean no mundo todo e especialmente nos EUA são muitos, ao ponto de ter sido incluído como tema de graduação em várias carreiras ligadas a healthcare.
As referências globais demelhoria da Qualidade, Segurança, Redução de Desperdício, Redução de Tempos e Esperas, Estoque e Espaço Ocupadofazem do Lean Healthcare uma disciplina obrigatória para recuperar a eficiência e a produtividade nos hospitais.
Link Artigo texto completo no Blog https://www.opuspac.com/br/artigos/lqs-lean-qualidade-e-seguranca-do-paciente/
Diretor Opuspac Ltda.
Opuspac University– universidade corporativa – braço educacional da Opuspac Ltda