Qualidade como estratégia de crescimento do Grupo São Marcos

Ao longo de seus 77 anos, o Grupo São Marcos, empresa mineira da área de diagnóstico por imagem, avançou em diversos programas de qualidade e excelência na prestação de serviços de análises clínicas, vacinas e imagem. Atualmente, as empresas do grupo possuem acreditação pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), pelo Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC) da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC/ML), pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), e ISO 9001/2008.

Desde 2016, a organização vem investindo em expansão, com aquisições e ampliação do portfólio de serviços. Novas empresas foram integradas ao grupo, como Elcordis, Dairton Miranda, Martins e Godoy, na região metropolitana de Belo Horizonte, e Lab Hormon e Laborfase Padrão em São Paulo.

De acordo com o CEO Ricardo Dupin Lustosa, no São Marcos o processo de acreditação permitiu incorporar na cultura do Grupo a ideia de que não se almeja apenas um certificado, mas sim um processo de melhoria contínua. “Consideramos que este movimento contribui para que a nossa equipe atinja níveis cada vez mais elevados de qualidade, com reflexos claros na satisfação e na confiança daqueles que buscam os nossos serviços.”O executivo completa afirmando que a empresa acredita que os processos de diferenciação da remuneração dos prestadores também serão ancorados na diferenciação dos processos.

Como em todo processo de acreditação, muitos desafios foram enfrentados como explica o CEO do grupo. “Adequar um laboratório aos requisitos exigidos demanda investimento de tempo e de recursos humanos”. Atualmente, as acreditações exigem o atendimento a condições legais, excelência técnica na realização de exames, validade dos reagentes e produtos utilizados, calibração de aparelhos, rastreabilidade do processo, capacitação da equipe e segurança do paciente. No entanto, mesmo possuindo uma cultura organizacional focada na melhoria contínua, o desafio do Grupo São Marcos foi, e ainda é, assegurar que toda a equipe se comprometa e se envolva com os princípios e padrões estabelecidos.

Para Dupin, o principal impacto de uma acreditação, após conquistada, reside na possibilidade de replicar modelos de

foto: Bruno Soares / www.facebook.com/brunosoaresfotografias

alta eficiência e reprodutíveis nas empresas do grupo, garantindo processos seguros e de melhor custo-benefício, reduzindo desperdício de tempo, materiais, e tornando a cultura mais “lean”.

Os selos de acreditação garantem a reprodutibilidade e a exatidão dos resultados dos exames, utilizando a verificação persistente dos fatores que podem interferir em cada processo.

 

 

Altas lideranças

Além de conquistar os selos de acreditação, outro desafio é a constante luta para mantê-los. A manutenção das acreditações é um trabalho contínuo, com foco na qualidade, no desempenho e no cumprimento de prazos. Para tanto, a liderança do grupo trabalha fortemente para manter essa cultura por meio da governança corporativa, transparência na comunicação com seu público interno e do contínuo investimento no aperfeiçoamento do núcleo técnico-operacional.

Segundo Dupin, o São Marcos iniciou a profissionalização da alta gestão da empresa, o que permitiu a reestruturação da alta liderança, que hoje conta com a expertise dos membros da terceira geração da família fundadora em seu Conselho, e a criação de quatro superintendências especializadas em diferentes áreas: Comercial e Atendimento; Operações; TI, Financeira e Varejo e Marketing. “Com esse modelo de gestão, pretendemos reduzir a cada dia os desafios para a manutenção das acreditações, fazendo com que a nossa atuação seja constantemente aperfeiçoada.”

Adequar um laboratório aos requisitos exigidos demanda investimento de tempo e de recursos humanos.
Ricardo Dupin Lustosa, do Grupo São Marcos

Pensando no futuro

Com um planejamento estratégico definido e seguido fielmente, o plano de expansão concentra grande parte dos esforços do Grupo atualmente. “Nossa meta é o posicionamento entre os cinco maiores players do mercado até 2021, atingindo R$ 800 milhões em receita”, ressalta o CEO.

A estratégia é crescer por meio de aquisições de empresas com cultura semelhante, situadas em Regiões Metropolitanas relevantes, da ampliação do portfólio de serviços e da prestação de apoio a outros laboratórios (B2B). “Em menos de um ano, concluímos cinco aquisições: Elcordis (imagem na RMBH), Dairton Miranda (anatomia na RMBH), Labhormon (no ABC Paulista), Martins e Godoy Medicina Diagnóstica (RMBH) e Laborfase Padrão (ABC
Paulista), totalizando 69 unidades. Outras três aquisições ainda estão previstas para 2018.”

O Grupo São Marcos cresceu em média 45% nos últimos anos. Em 2018, a estimativa de crescimento orgânico e por aquisições agressivas é de um salto no faturamento de R$ 160 para R$ 260 milhões. “No âmbito nacional, também crescemos como laboratório de apoio, somando cerca de 160 clientes desse segmento em várias regiões e este número só vem crescendo”, conclui o executivo.

 

Grupo São Marcos em números
No de colaboradores: Cerca de 1,4 mil funcionários
Projeção até 2021: 2,6 mil funcionários
Média de atendimentos realizados por mês: 3500
Capacidade anual: 30 milhões de exames
Receita bruta estimada para 2018: R$ 260 milhões
Crescimento médio do faturamento anual (2003 a 2017): 40% a.a (cagr)

Esta matéria foi publicada na 53ª Revista HealthCare Management.

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