Page 65 - Healthcare Management - Edição 54
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Confira entrevista exclusiva com
Roberto Kalil Filho. Para acessar,
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CARDIOLOGIA DE
EXCELÊNCIA
Os passos largos da evolução da Cardiologia no país
segundo Roberto Kalil Filho, presidente do InCor e
Idiretor geral de Cardiologia do Sírio-Libanês
mpossível falar de Cardiologia no manos. E de 1968 para cá muita coisa
país sem citar Roberto Kalil Filho, mudou. Nesse sentido, Kalil ressalta a
que atualmente ocupa importan- evolução na área de transplantes. “A ca-
tes cargos no setor como diretor pitação de órgãos ficou mais eficaz, as-
geral da Divisão de Cardiologia sim como a seleção de doadores, a pre-
no Hospital Sírio-Libanês e presidente servação do receptor e a imunoterapia
do Instituto do Coração (InCor), em São do pós-transplante.”
Paulo. O médico recebeu a equipe da re- E na trajetória da cardiologia brasilei-
vista Healthcare Management no InCor ra, o InCor é uma das instituições pro-
para falar justamente sobre os avanços da tagonistas. Com 41 anos de fundação, o
especialidade no Brasil. Instituto é referência para a população
Sua visão é otimista e tem razões para em geral, políticos, autoridades e perso-
tanto. “A Cardiologia no Brasil é exem- nalidades do meio artístico, cultural e
plar, não deixa a desejar para nenhum social. O hospital foi cenário de capítulos
país do mundo”, assegura Kalil ao ser importantes da história nacional, como
questionado sobre a dimensão dessa es- a internação do ex-presidente Tancredo
pecialização no país. Neves, que passou os últimos dias de sua
Apesar das Doenças Cardiovascula- vida hospedado na Instituição.
res serem a principal causa de morte no Na Assistência, em 2017, quando com-
mundo, segundo a Organização Pan- pletou 40 anos, o InCor atingiu as mar-
-Americana da Saúde (Opas), essa es- cas de 125 mil cirurgias, 1,1 mil trans-
pecialidade tem se desenvolvido inten- plantes de coração e de pulmão (em
samente no planeta, tanto em técnicas adultos, crianças e adolescentes), 1,1 mi-
diagnósticas, terapêuticas e cirúrgicas. lhão atendimentos de emergência, 6 mi-
No Brasil, a Cardiologia possui uma lhões consultas, 4,9 milhões exames de
trajetória extraordinária, a começar há diagnósticos por imagem e 59 milhões
50 anos, quando o país vivenciou a cena exames de laboratório.
histórica do primeiro transplante de co- Para Roberto Kalil Filho, presidente
ração humano no país – marco pioneiro do Conselho Diretor do InCor, o objeti-
do Hospital das Clínicas da FMUSP, que vo da Instituição é continuar realizando
foi fundamental para a evolução da car- o trabalho com excelência. “Se você me
diologia brasileira, fixando bases sólidas perguntar o que é o InCor hoje, eu di-
para a criação, em 1977, do InCor. rei que ele é o mesmo de 41 anos atrás,
Mesmo não tendo sido pioneiro a re- quando foi fundado. Espero que daqui
alizar um transplante cardíaco, o Brasil há 40 anos o InCor seja o mesmo de
está entre as cinco primeiras nações a hoje. As pessoas passam, as gestões mu-
concluírem esse procedimento em hu- dam, mas o espírito continua o mesmo.”
65HEALTHCARE Management | edição 54 | healthcaremanagement.com.br
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CARDIOLOGIA DE
EXCELÊNCIA
Os passos largos da evolução da Cardiologia no país
segundo Roberto Kalil Filho, presidente do InCor e
Idiretor geral de Cardiologia do Sírio-Libanês
mpossível falar de Cardiologia no manos. E de 1968 para cá muita coisa
país sem citar Roberto Kalil Filho, mudou. Nesse sentido, Kalil ressalta a
que atualmente ocupa importan- evolução na área de transplantes. “A ca-
tes cargos no setor como diretor pitação de órgãos ficou mais eficaz, as-
geral da Divisão de Cardiologia sim como a seleção de doadores, a pre-
no Hospital Sírio-Libanês e presidente servação do receptor e a imunoterapia
do Instituto do Coração (InCor), em São do pós-transplante.”
Paulo. O médico recebeu a equipe da re- E na trajetória da cardiologia brasilei-
vista Healthcare Management no InCor ra, o InCor é uma das instituições pro-
para falar justamente sobre os avanços da tagonistas. Com 41 anos de fundação, o
especialidade no Brasil. Instituto é referência para a população
Sua visão é otimista e tem razões para em geral, políticos, autoridades e perso-
tanto. “A Cardiologia no Brasil é exem- nalidades do meio artístico, cultural e
plar, não deixa a desejar para nenhum social. O hospital foi cenário de capítulos
país do mundo”, assegura Kalil ao ser importantes da história nacional, como
questionado sobre a dimensão dessa es- a internação do ex-presidente Tancredo
pecialização no país. Neves, que passou os últimos dias de sua
Apesar das Doenças Cardiovascula- vida hospedado na Instituição.
res serem a principal causa de morte no Na Assistência, em 2017, quando com-
mundo, segundo a Organização Pan- pletou 40 anos, o InCor atingiu as mar-
-Americana da Saúde (Opas), essa es- cas de 125 mil cirurgias, 1,1 mil trans-
pecialidade tem se desenvolvido inten- plantes de coração e de pulmão (em
samente no planeta, tanto em técnicas adultos, crianças e adolescentes), 1,1 mi-
diagnósticas, terapêuticas e cirúrgicas. lhão atendimentos de emergência, 6 mi-
No Brasil, a Cardiologia possui uma lhões consultas, 4,9 milhões exames de
trajetória extraordinária, a começar há diagnósticos por imagem e 59 milhões
50 anos, quando o país vivenciou a cena exames de laboratório.
histórica do primeiro transplante de co- Para Roberto Kalil Filho, presidente
ração humano no país – marco pioneiro do Conselho Diretor do InCor, o objeti-
do Hospital das Clínicas da FMUSP, que vo da Instituição é continuar realizando
foi fundamental para a evolução da car- o trabalho com excelência. “Se você me
diologia brasileira, fixando bases sólidas perguntar o que é o InCor hoje, eu di-
para a criação, em 1977, do InCor. rei que ele é o mesmo de 41 anos atrás,
Mesmo não tendo sido pioneiro a re- quando foi fundado. Espero que daqui
alizar um transplante cardíaco, o Brasil há 40 anos o InCor seja o mesmo de
está entre as cinco primeiras nações a hoje. As pessoas passam, as gestões mu-
concluírem esse procedimento em hu- dam, mas o espírito continua o mesmo.”
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