Page 119 - Revista Healthcare Management - Edição 57
P. 119
TOFINAL
Foto: Karina Zambrana - ASCOMMS
ADIÓS, CUBANOS!m novembro, a Saúde ocu-
pou boa parte das manchetes
da mídia. Os protagonistas
eram Brasil, Cuba e muitos
Emédicos. Isso porque o país
cerca de 2,8 mil municípios de todos os
estados brasileiros e nos 34 Distritos Sa-
nitários Especiais Indígenas.
Segundo a OPAS, o programa atende
mais de 60 milhões de brasileiros. Além
caribenho anunciou sua retirada do pro- disso, é considerado um dos projetos
grama Mais Médicos, solicitando o retorno mais audaciosos para a cobertura equi-
de mais de 8 mil profissionais cubanos. tativa e universal da atenção primária
A resposta veio após as declarações do à saúde no mundo e uma das melhores
então presidente eleito, Jair Bolsonaro práticas de cooperação na Região das
(PSL), que disse durante campanha que Américas. A Organização ainda apre-
“expulsaria” os médicos cubanos do sentou resultados em relação a cober-
Brasil. Entre as críticas de Bolsonaro es- tura de atenção básica de saúde que, no
tão questionamentos quanto à prepara- primeiro ano do programa, aumentou
ção dos especialistas. Além disso, con- de 10,8% para 24,6%.
dicionou sua permanência no programa O Governo já promove ações para o
“à revalidação do diploma” e impôs preenchimento das vagas para evitar os
“como via única a contratação indivi- impactos negativos causados pelo en-
dual. Em seu Twitter, Bolsonaro postou: cerramento do convênio entre Cuba e
“Condicionamos à continuidade do Brasil. Faz-se necessária uma política
programa Mais Médicos à aplicação de de distribuição e fixação de profissionais
teste de capacidade, salário integral aos de acordo com as necessidades do SUS.
profissionais cubados, hoje maior parte Considera-se fundamental a ampliação
destinados à ditadura, e a libertade para dos profissionais de saúde em atuação
trazerem suas famílias. Infelizmente, no interior do país e nas periferias das
Cuba não aceitou.” grandes cidades, como proposto pelo
Até o fechamento dessa edição, cerca programa Mais Médicos. Por sua vez,
de 8.300 médicos cubanos do Mais Mé- é preciso a adoção de um plano de car-
dicos deverão deixar gradualmente o reira profissional com salários dignos e
programa até dezembro deste ano. Hoje, reorientação da formação nos cursos na
os profissionais estão distribuídos em atuação na atenção primária.
119HEALTHCARE Management | edição 57 | healthcaremanagement.com.br
Foto: Karina Zambrana - ASCOMMS
ADIÓS, CUBANOS!m novembro, a Saúde ocu-
pou boa parte das manchetes
da mídia. Os protagonistas
eram Brasil, Cuba e muitos
Emédicos. Isso porque o país
cerca de 2,8 mil municípios de todos os
estados brasileiros e nos 34 Distritos Sa-
nitários Especiais Indígenas.
Segundo a OPAS, o programa atende
mais de 60 milhões de brasileiros. Além
caribenho anunciou sua retirada do pro- disso, é considerado um dos projetos
grama Mais Médicos, solicitando o retorno mais audaciosos para a cobertura equi-
de mais de 8 mil profissionais cubanos. tativa e universal da atenção primária
A resposta veio após as declarações do à saúde no mundo e uma das melhores
então presidente eleito, Jair Bolsonaro práticas de cooperação na Região das
(PSL), que disse durante campanha que Américas. A Organização ainda apre-
“expulsaria” os médicos cubanos do sentou resultados em relação a cober-
Brasil. Entre as críticas de Bolsonaro es- tura de atenção básica de saúde que, no
tão questionamentos quanto à prepara- primeiro ano do programa, aumentou
ção dos especialistas. Além disso, con- de 10,8% para 24,6%.
dicionou sua permanência no programa O Governo já promove ações para o
“à revalidação do diploma” e impôs preenchimento das vagas para evitar os
“como via única a contratação indivi- impactos negativos causados pelo en-
dual. Em seu Twitter, Bolsonaro postou: cerramento do convênio entre Cuba e
“Condicionamos à continuidade do Brasil. Faz-se necessária uma política
programa Mais Médicos à aplicação de de distribuição e fixação de profissionais
teste de capacidade, salário integral aos de acordo com as necessidades do SUS.
profissionais cubados, hoje maior parte Considera-se fundamental a ampliação
destinados à ditadura, e a libertade para dos profissionais de saúde em atuação
trazerem suas famílias. Infelizmente, no interior do país e nas periferias das
Cuba não aceitou.” grandes cidades, como proposto pelo
Até o fechamento dessa edição, cerca programa Mais Médicos. Por sua vez,
de 8.300 médicos cubanos do Mais Mé- é preciso a adoção de um plano de car-
dicos deverão deixar gradualmente o reira profissional com salários dignos e
programa até dezembro deste ano. Hoje, reorientação da formação nos cursos na
os profissionais estão distribuídos em atuação na atenção primária.
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