Page 167 - Healthcare Management - Edição 84
P. 167
Esse argumento tem sido re-
corrente nos debates sobre o
rol da ANS. Qual é a visão da
Unimed?
Há muita desinformação sobre
o tema, o que dificulta e distorce
o debate. Reconhecer o caráter
taxativo do rol não significa res-
tringir as coberturas. A regula-
mentação avançou neste ponto
e, atualmente, o rol é ampliado
de forma contínua, mediante a
avaliação e a inclusão segura de
novas tecnologias em prazos que
variam de dois a seis meses, de
modo geral. Com critérios claros
para definir as coberturas, todos
temos mais assistencial, jurídica
e segurança econômica.
Como foram definidos os pon-
tos da agenda?
Conhecemos de perto as de-
mandas de saúde em todas as
regiões do país e colocamos
essa experiência à disposição
do debate, buscando pontos
Omar Abujamra Junior: mais de 40 anos dedicados ao cooperativismo médico de convergência entre os diver-
sos elos da cadeia de valor. E o
que é consenso? A necessidade
O que precisa evoluir? de ampliarmos o acesso à saúde,
O setor precisa de mais flexibilidade para segmentar coberturas e garantindo qualidade e efetivi-
ofertar produtos que atendam às diferentes necessidades das famí- dade, com regras claras e gover-
lias, mas, ressalto, com muita clareza na definição de direitos e obri- nança. Nosso sistema de saúde
gações. Sem previsibilidade, o setor se desestrutura e todos perdem: pode ser ainda mais inclusivo.
beneficiários, operadoras e também a rede prestadora, que tem cer- Para isso, é fundamental que seja
ca de 80% do seu faturamento assegurados pelos planos de saúde. cada vez mais sustentável.
Edição 84 | www.HEALTHCAREMANAGEMENT.com.br | HCM | 167