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PONTO FINAL

Foto: Carl de Souza/AFP

PORTO VELHO: imagem aérea evidencia foco de incêndio
PREVENIR PARA NÃO REMEDIAR

esde o primeiro dia do ano, tos dos resíduos da fumaça a quilômetros que se programem para atender populações
46.825 focos de queima- dos focos de incêndio. Dentre os muitos mais vulneráveis.
da foram registrados na alertas, a Fiocruz destaca a necessidade de A questão coloca ainda mais em evidên-
Amazônia pelo sistema de melhor aproveitamento das unidades de cia a necessidade premente de lapidar e
Dmonitoramento de focos atenção básica. expandir a atenção primária, em especial
ativos do Instituto Nacional de Pesquisas Cinco dos nove Estados analisados regis- na Saúde Pública. O tema, já amplamente
Espaciais (Inpe). Os números, alarmantes, traram aumento também no número de debatido por especialistas, é unanimidade
motivaram a Fundação Oswaldo Cruz (Fio- mortes de crianças hospitalizadas por pro- enquanto solução para muitos problemas
cruz) a realizar uma pesquisa que mapeou blemas respiratórios. Em Roraima, 2.398 a mais, e esbarra na urgência de mapear gru-
seu impacto na saúde infantil da região. cada 100 mil crianças faleceram por causas pos populacionais sem acesso a hospitais e
A conclusão foi que, nas áreas mais afetadas relacionadas à qualidade do ar no primeiro atendimento clínico.
pelo fogo, o número de crianças internadas semestre de 2019. Em 2018, no mesmo perí- Para muito além de conceitos políti-
com problemas respiratórios dobrou. Foram odo, foram 1.427. cos, a Saúde enquanto questão huma-
2,5 mil internações a mais entre maio e ju- A gama de informações integra o informe nitária ainda busca formas de sanar
nho, em aproximadamente 100 municípios técnico do Observatório de Clima e Saúde, entraves logísticos e burocráticos a so-
do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, um projeto coordenado pela Fiocruz em luções inovadoras que não podem mais
Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins parceria com cientistas da Escola Nacional esperar para serem implementadas.
resultantes em um custo excedente de R$1,5 de Saúde Pública, da Universidade de São Hoje, mais do que nunca, a velha máxi-
milhão ao Sistema Único de Saúde (SUS). Paulo e da Universidade do Estado de Mato ma se faz presente e precisa: prevenir é,
A pesquisa leva em conta os leitos opera- Grosso. O intuito é alertar gestores e pro- e sempre será, melhor e mais barato do
dos e conveniados ao SUS, e ressalta os efei- fissionais de Saúde Pública, possibilitando que remediar.

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