Page 30 - 100 Mais Influentes da Saúde
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te e Gestão
agravo de saúde, como a repercussão deste
agravo sobre o paciente. A tecnologia pode,
em alguns momentos, dificultar esse proces-
so comunicativo quando o médico inicia uma
consulta solicitando exames e não conversan-
do com o paciente sobre a sua saúde”, explica.
Segundo o presidente do Cremesp, as informa-
ções disponíveis em sites de buscas, na maioria das
vezes, não refletem a exata situação do paciente,
gerando muitas vezes confusão sobre doenças e
tratamentos. “Não há obrigatoriedade destas ferra-
mentas de disponibilizar o conhecimento técnico
científico adequado para a compreensão das doen-
ças. Na relação entre o médico e o paciente, no olho
no olho, as informações devem sofrer um processo
crítico que vise, fundamentalmente, o benefício do
paciente, ou seja, o que de fato é verdadeiro com
relação ao agravo de saúde daquele paciente”.
‘Embora a tecnologia seja uma grande aliada,
LIVRO [RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE
o presidente do Cremesp considera que ela ja- - UM ENCONTRO] DEBATE TEMAS
mais substituirá o contato pessoal. “O médico
tem de gostar de gente. Não pode considerar QUE VÃO DESDE O RESPEITO À
nunca o paciente como cliente. Ele é clien-
te do plano de saúde ou do serviço privado,
mas para nós deve ser sempre paciente, como
ocorre há 2.500 anos”. Por isso, a autonomia
do paciente também deve ser respeitada – o
que minimiza, inclusive, denúncias nos con- AUTONOMIA DO PACIENTE, A
selhos e a própria judicialização da saúde. ATENDIMENTO A DISTÂNCIA E
“No diálogo estabelecido na relação médi-
co e paciente, o profissional deve manifestar-se NOVAS MÍDIAS E PROPICIA UMA
no sentido de dizer ao paciente tudo aquilo que PROFUNDA REFLEXÃO.”
pode ocorrer em seu benefício. Desta relação,
portanto, vai surgir uma escolha que leva em Reinaldo Ayer de Oliveira,
consideração a autonomia do paciente e o possí- coordenador do Centro de Bioética do Cremesp
vel benefício do diagnóstico e o tratamento mé-
dico. De certa forma, quando essa relação passa
por uma avaliação jurídica é porque ela não foi Relação Médico-Paciente – Um Encontro
bem construída”, reflete Camarim. Para trazer à discussão esse importante tema, o Cremesp
Além da tecnicização da relação e interação lançou recentemente o livro “Relação Médico-Paciente – Um
médica, o tempo de consulta também é um fator Encontro” que debate temas que vão desde o respeito à auto-
complicador para a falha de comunicação entre nomia do paciente, a atendimento a distância e novas mídias,
médicos e pacientes. O breve tempo de consul- entre outros. De acordo com Reinaldo Ayer de Oliveira, coor-
ta impossibilita uma aproximação adequada do denador do Centro de Bioética do Cremesp, a publicação dá
profissional com o paciente e, portanto, impacta continuidade a um livreto lançado pelo Conselho em 2001,
na qualidade do atendimento. chamado Relação Médico-Paciente.
30 healthcaremanagement.com.br | edição 51 | HEALTHCARE Management
agravo de saúde, como a repercussão deste
agravo sobre o paciente. A tecnologia pode,
em alguns momentos, dificultar esse proces-
so comunicativo quando o médico inicia uma
consulta solicitando exames e não conversan-
do com o paciente sobre a sua saúde”, explica.
Segundo o presidente do Cremesp, as informa-
ções disponíveis em sites de buscas, na maioria das
vezes, não refletem a exata situação do paciente,
gerando muitas vezes confusão sobre doenças e
tratamentos. “Não há obrigatoriedade destas ferra-
mentas de disponibilizar o conhecimento técnico
científico adequado para a compreensão das doen-
ças. Na relação entre o médico e o paciente, no olho
no olho, as informações devem sofrer um processo
crítico que vise, fundamentalmente, o benefício do
paciente, ou seja, o que de fato é verdadeiro com
relação ao agravo de saúde daquele paciente”.
‘Embora a tecnologia seja uma grande aliada,
LIVRO [RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE
o presidente do Cremesp considera que ela ja- - UM ENCONTRO] DEBATE TEMAS
mais substituirá o contato pessoal. “O médico
tem de gostar de gente. Não pode considerar QUE VÃO DESDE O RESPEITO À
nunca o paciente como cliente. Ele é clien-
te do plano de saúde ou do serviço privado,
mas para nós deve ser sempre paciente, como
ocorre há 2.500 anos”. Por isso, a autonomia
do paciente também deve ser respeitada – o
que minimiza, inclusive, denúncias nos con- AUTONOMIA DO PACIENTE, A
selhos e a própria judicialização da saúde. ATENDIMENTO A DISTÂNCIA E
“No diálogo estabelecido na relação médi-
co e paciente, o profissional deve manifestar-se NOVAS MÍDIAS E PROPICIA UMA
no sentido de dizer ao paciente tudo aquilo que PROFUNDA REFLEXÃO.”
pode ocorrer em seu benefício. Desta relação,
portanto, vai surgir uma escolha que leva em Reinaldo Ayer de Oliveira,
consideração a autonomia do paciente e o possí- coordenador do Centro de Bioética do Cremesp
vel benefício do diagnóstico e o tratamento mé-
dico. De certa forma, quando essa relação passa
por uma avaliação jurídica é porque ela não foi Relação Médico-Paciente – Um Encontro
bem construída”, reflete Camarim. Para trazer à discussão esse importante tema, o Cremesp
Além da tecnicização da relação e interação lançou recentemente o livro “Relação Médico-Paciente – Um
médica, o tempo de consulta também é um fator Encontro” que debate temas que vão desde o respeito à auto-
complicador para a falha de comunicação entre nomia do paciente, a atendimento a distância e novas mídias,
médicos e pacientes. O breve tempo de consul- entre outros. De acordo com Reinaldo Ayer de Oliveira, coor-
ta impossibilita uma aproximação adequada do denador do Centro de Bioética do Cremesp, a publicação dá
profissional com o paciente e, portanto, impacta continuidade a um livreto lançado pelo Conselho em 2001,
na qualidade do atendimento. chamado Relação Médico-Paciente.
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