Page 42 - 100 Mais Influentes da Saúde
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IGO

Eduardo Regonha

Diretor Executivo da XHL
Consultoria, Doutor em Ciências
GESTÃO DE CUSTOS, – Custos em Oftalmologia, pela
UNIFESP/EPM, Pós-Graduado
em Administração Hospitalar
pela FGV-SP. Coordenador do
UMA INFORMAÇÃO Curso de MBA em Administração
Hospitalar da Faculdade Unimed.

ESSENCIAL PARA GERIR
EFICIENTEMENTE A EMPRESA
S empre que pensamos sobre as for-
mas de melhorar as margens de lucro adoção de “Pacotes” (proce- tarefa que se caracteriza
das instituições que administramos, dimentos gerenciados), a mi- como uma necessidade para
ocorre fundamentalmente um pen- gração (reduzindo a margem as instituições que desejam
samento inicial sobre nossos produ- do mat/med e melhorando uma sustentabilidade eco-
tos/serviços e seus preços de venda e seus custos. E a remuneração das diárias e nômico-financeira e é aceita
partimos de um raciocínio que ao aumentarmos taxas), diária global e semi- e compreendida por muitos
os preços de venda ou reduzir custos, teremos um -global (modalidades que gestores, mas ainda pouco
reflexo positivo nos nossos resultados. incluem materiais e medi- praticada de forma eficiente.
O raciocínio acima está correto, mas em camentos nas diárias), paga-
relação ao aumento de preços é uma hipótese mento por performance e o Uma metodologia de cus-
quase descartada, mediante ao atual cenário DRG (Grupo de Diagnósti- teio bem aplicada torna-se
de saúde, com aumentos de custos dos planos cos Relacionados) que come- uma arma poderosa para
de saúde muito acima da inflação e redução ça a ser bastante discutido no auxiliar a administração na
do número de beneficiários, e as operadoras país. Mas um ponto notório condução do plano estra-
pressionando os prestadores, e ainda uma e objetivo em qualquer dos tégico, contribuindo para
forte discussão sobre alteração do modelo de modelos citados acima é a o aumento do resultado da
renumeração. Então, aumentar o preço é uma necessidade de se conhecer instituição. Porém, uma boa
hipótese quase descartada. O foco passa então os custos, não só das diárias gestão de custos depende
para o controle e gerenciamento dos custos. e taxas, mas do procedimen- fundamentalmente do envol-
As informações de custos passam a ter um to, do paciente e de toda es- vimento de todos os gestores
forte peso para responder perguntas e definir trutura da instituição, por- da instituição. Quem domina
estratégias: Qual o custo da diária, dos proce- tanto, no momento atual da o conhecimento dos custos
dimentos? Quais são os clientes que propor- saúde no país, o caminho leva vantagem no planeja-
cionam o maior e o menor retorno? Quais os mais adequado para melho- mento, nas negociações e sai
produtos/serviços que são os mais atrativos e rar os resultados e resolver na frente dos concorrentes.
qual a margem gerada? as questões que foram elen-
Considerando ainda as discussões sobre cadas é realizar uma confiá- A gestão dos custos deve ser-
alterações no modelo de remuneração, sain- vel e eficiente apuração dos vir de instrumento eficaz de
do do atual “fee-for-service”, que incentiva custos dos produtos/serviços gerência e acompanhamento
a produção e, consequentemente, provocan- e, consequentemente, a de- dos serviços, gerando contro-
do aumento de custos, vem se discutindo a finição dos preços de venda les por indicadores financei-
de produtos e serviços. Uma ros, econômicos, de processos
e rotinas e de aproveitamento
dos recursos disponíveis.

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