Page 55 - A Engrenagem que move o Setor
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deiras em prol da Saúde ‘ AS REFORMAS PRECISAM SER
O coordenador titular do ComSaude, Ruy FEITAS COM ELE [MICHEL TEMER]
OU COM QUALQUER OUTRO
Baumer, também destaca que um olhar holístico POLÍTICO, MAS O QUE IMPORTA É
é o principal foco do comitê: “não só hospitais, QUE VENHAM AS REFORMAS.”
clínicas, entidades profissionais, mas sim todos Ruy Baumer
os setores, todas as 90 entidades que participam
desse setor, ajudando-as a atingirem seus pleitos, Criando pontes nectado com o que acontece ao
principalmente na área de negociação política”. A preocupação do ComSau- redor do mundo. “Um exemplo
mais recente foi a região de On-
Baumer explica que uma das frentes de ação de em fortalecer o setor e va- tário, no Canadá, que entrou
do comitê é trabalhar pela isonomia entre o na- lorizar o que é produzido na- em contato conosco. Quan-
cional e o importado. “Esta é uma questão his- cionalmente não desfoca outra do perceberam que o comitê
tórica. O Brasil dá preferência para o que vem grande bandeira do comitê: a permite dialogar com toda a
de fora, ao contrário do que é produzido aqui. internacionalização. “Nosso cadeia da Saúde no Brasil, se
Queremos igualdade.” interesse é, cada vez mais, in- interessaram em apresentar a
ternacionalizar esse setor por- região de Ontário”, exemplifica
“Temos que primeiro ajudar e apoiar a in- que, quanto mais internacional Priscila, listando a aproxima-
dústria instalada no Brasil, e não estou falan- está, mais força o segmento ga- ção bem-sucedida com outros
do apenas da indústria nacional, mas daquela nha e mais inovação se obtém, países, como Bélgica, Holanda,
que está instalada no país, não importa quem tanto trazendo empresas do Coreia do Sul, Itália e França.
seja o dono.” exterior pra cá, como levando
companhias brasileiras para As parcerias internacio-
Já na questão tributária, Baumer afirma que fora”, diz Baumer. Esta é uma nais estabelecidas pelo Com-
não há vantagem de se tributar cada vez mais o pauta que ganha força no co- Saude visam uma relação de
setor da Saúde. “Estamos sendo cada vez mais mitê, segundo Priscilla. “É im- mão-dupla com as entidades
tributados, embora a maior parte desse tributo portante intensificar o diálogo parceiras. “Não apenas leva-
onere o próprio governo, que é o pagador desse com as autoridades e entidades mos o empresário para fora,
serviço ou desses produtos”, relata. “O mais tris- internacionais, visando am- mas também trazemos os
te é que o dinheiro que é recolhido do setor pelo pliar o mercado para as empre- players internacionais para
governo não volta para a Saúde, sem contar que sas brasileiras”, afirma. conhecerem as empresas
uma parte fica pelo meio do caminho”, lamenta. brasileiras do setor”, frisa a
Para isso, o comitê está tra-
O comitê também está pleiteando a desonera- balhando para se manter co-
ção da folha de pagamento. Segundo Baumer, o
setor foi prejudicado com o sistema de tributa-
ção da folha de pagamento. “Quando pago sobre
o faturamento, eu faturei e, por isso, estou pa-
gando. Mas hoje, se faturar zero, só pelo fato de
ter funcionário, tenho que pagar imposto, mes-
mo que eu não fature nada.”
Na política arrecadatória que vigora no país,
existe a incidência de imposto sobre imposto,
nas diferentes esferas: municipal, estadual e fe-
deral. “Pagamos o imposto e demoramos mui-
to mais para receber de volta o valor, que não
é corrigido pelo governo e, muitas vezes, atrasa
para chegar.”
55HEALTHCARE Management | edição 48 | healthcaremanagement.com.br
O coordenador titular do ComSaude, Ruy FEITAS COM ELE [MICHEL TEMER]
OU COM QUALQUER OUTRO
Baumer, também destaca que um olhar holístico POLÍTICO, MAS O QUE IMPORTA É
é o principal foco do comitê: “não só hospitais, QUE VENHAM AS REFORMAS.”
clínicas, entidades profissionais, mas sim todos Ruy Baumer
os setores, todas as 90 entidades que participam
desse setor, ajudando-as a atingirem seus pleitos, Criando pontes nectado com o que acontece ao
principalmente na área de negociação política”. A preocupação do ComSau- redor do mundo. “Um exemplo
mais recente foi a região de On-
Baumer explica que uma das frentes de ação de em fortalecer o setor e va- tário, no Canadá, que entrou
do comitê é trabalhar pela isonomia entre o na- lorizar o que é produzido na- em contato conosco. Quan-
cional e o importado. “Esta é uma questão his- cionalmente não desfoca outra do perceberam que o comitê
tórica. O Brasil dá preferência para o que vem grande bandeira do comitê: a permite dialogar com toda a
de fora, ao contrário do que é produzido aqui. internacionalização. “Nosso cadeia da Saúde no Brasil, se
Queremos igualdade.” interesse é, cada vez mais, in- interessaram em apresentar a
ternacionalizar esse setor por- região de Ontário”, exemplifica
“Temos que primeiro ajudar e apoiar a in- que, quanto mais internacional Priscila, listando a aproxima-
dústria instalada no Brasil, e não estou falan- está, mais força o segmento ga- ção bem-sucedida com outros
do apenas da indústria nacional, mas daquela nha e mais inovação se obtém, países, como Bélgica, Holanda,
que está instalada no país, não importa quem tanto trazendo empresas do Coreia do Sul, Itália e França.
seja o dono.” exterior pra cá, como levando
companhias brasileiras para As parcerias internacio-
Já na questão tributária, Baumer afirma que fora”, diz Baumer. Esta é uma nais estabelecidas pelo Com-
não há vantagem de se tributar cada vez mais o pauta que ganha força no co- Saude visam uma relação de
setor da Saúde. “Estamos sendo cada vez mais mitê, segundo Priscilla. “É im- mão-dupla com as entidades
tributados, embora a maior parte desse tributo portante intensificar o diálogo parceiras. “Não apenas leva-
onere o próprio governo, que é o pagador desse com as autoridades e entidades mos o empresário para fora,
serviço ou desses produtos”, relata. “O mais tris- internacionais, visando am- mas também trazemos os
te é que o dinheiro que é recolhido do setor pelo pliar o mercado para as empre- players internacionais para
governo não volta para a Saúde, sem contar que sas brasileiras”, afirma. conhecerem as empresas
uma parte fica pelo meio do caminho”, lamenta. brasileiras do setor”, frisa a
Para isso, o comitê está tra-
O comitê também está pleiteando a desonera- balhando para se manter co-
ção da folha de pagamento. Segundo Baumer, o
setor foi prejudicado com o sistema de tributa-
ção da folha de pagamento. “Quando pago sobre
o faturamento, eu faturei e, por isso, estou pa-
gando. Mas hoje, se faturar zero, só pelo fato de
ter funcionário, tenho que pagar imposto, mes-
mo que eu não fature nada.”
Na política arrecadatória que vigora no país,
existe a incidência de imposto sobre imposto,
nas diferentes esferas: municipal, estadual e fe-
deral. “Pagamos o imposto e demoramos mui-
to mais para receber de volta o valor, que não
é corrigido pelo governo e, muitas vezes, atrasa
para chegar.”
55HEALTHCARE Management | edição 48 | healthcaremanagement.com.br