Page 101 - Revista Healthcare Management - Edição 57
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IGO

Check-up na gestão
C ertamente, 2019 será um
ano de mudanças, pelo tas empresas identificam os problemas
menos é o que se espera na gestão do hospital, e apresentam so-
quando acompanhamos luções para mudar a situação. Cabe aos
os recentes anúncios gestores hospitalares avaliarem a eficá-
cia e a pertinência dessas intervenções
de reforma nos ministérios pelo pre- nos seus ambientes.
sidente eleito Jair Bolsonaro. As mu- O mais importante neste processo de
danças no Congresso Nacional nos mudança é, após identificada as falhas,
mostram que para se trilhar um novo traçar ações para correção dos rumos,
caminho é preciso primeiro avaliar o sinalizando os caminhos por onde se
que empregamos dentro de casa. poderá evoluir. A gestão hospitalar é
Por vezes, a resolução de problemas o cérebro de um hospital, é a área que
não está em buscar caminhos dife- envia os comandos, sendo responsável
rentes externos, mas em organizar a por toda a dinâmica do hospital.
dinâmica interna. O mesmo processo Como presidente da Fehosp – Fe-
lógico é válido para as Santas Casas e deração das Santas Casas e Hospitais
entidades filantrópicas: uma boa ges- Beneficentes do Estado de São Paulo
tão garante eficiência no diagnóstico e e provedor de uma Santa Casa, nos
sucesso no tratamento. meus anos de experiência, já presen-
A área de gestão hospitalar é complexa ciei grandes hospitais fazerem muito,
por natureza e exige profissionais capa- com os poucos recursos que tinham
citados para o desenvolvimento de um e também hospitais, com grandes in-
bom trabalho. Sem planejamento e sem centivos e verbas não conseguirem
um plano de ações estratégico para gerir resultados satisfatórios. É obvio que
uma entidade, não há recursos que se- a gestão é muito importante, mas ela
jam suficientes para desenvolvê-la. também se torna limitada se não hou-
As entidades filantrópicas sofrem ver recursos. O provedor consegue
com falta de recursos, profissionais e chegar até a ponte do caminho, mas
infraestruturas e, mesmo diante deste pode não conseguir cruzar o rio.
cenário que parece avassalador, há hos- Em abril de 2019, o Congresso anual
pitais que operam serviços de excelên- da Fehosp estará na sua 28ª edição e
cia, graças a boa gestão hospitalar. por meio de palestras, debates, e apre-
Traçar um diagnóstico das práticas sentação de cases de sucesso, desafia-
atuais e reconhecer o que tem gerado rá os congressistas a conhecerem este
resultados positivos e negativos é o novo cenário de profundas mudanças,
primeiro passo para uma boa gestão. mostrando as ações que poderão ser
Enxergar o que está de errado no hos- adotadas para que as nossas institui-
pital, às vezes, pode ser complicado, ções aprimorem os seus desempenhos.
uma vez que todos estão inseridos no A exposição de ideias e o compartilha-
mesmo ambiente, vivendo diariamen- mento de experiências nos leva às mu-
te as atividades daquele local. danças. Para seguir novos horizontes é
Por isso, há entidades que fecham preciso traças objetivos, refletir sobre o EDSON ROGATTI
contratos com empresas especializadas que deve ser ajustado. Vamos nos prepa- Diretor-presidente da FEHOSP (Federação
em melhoria de gestão. Geralmente, es- rar para esses novos tempos! das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do
Estado de São Paulo)

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