Page 50 - Revista Healthcare Management - Edição 57
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IGO
Modelos ágeis e as novas estruturas de trabalho
No trabalho de consulto- ga – pois não acompanham métodos AGATHA MACHADO ALVES
ria autônoma temos o tradicionais de processos; b) múltiplas Consultora Especialista em Desenvolvimento
privilégio de perceber entregas – pois o cliente pode ir acom- e Engajamento na 2human
na prática as tendên- panhando a evolução do resultado por
cias que capturam o partes; c) feedback do cliente como
foco dos negócios e quais as inclinações parte de construção da solução; d) alta
de escolha das empresas. Mais simples, adaptabilidade para o atendimento de
mais acessível, mais desapegado, mais necessidades e correções de rota.
ágil. Essas são as tendências do último
ano, independente do segmento e da Podemos pensar que ágil, ou ágile, é
cultura empresarial. somente um modelo a ser implantado, se
não considerarmos nosso modelo de fun-
As estruturas ágeis, ou ágiles, invadi- cionamento mental frente ao trabalho.
ram as discussões sobre produtividade Em geral, estamos habituados a estru-
e velocidade de resposta dos negócios, turas mais hierárquicos e burocráticas,
propondo novas formas de produção com atribuições relativamente definidas
coletiva de modelo mental frente às de- e escopo de especialidade delimitado.
mandas. Também sugerem uma nova
forma de ver processos, entregas, plane- O sucesso ou o fracasso de implemen-
jamento e até carreira. tar uma estrutura ágil pode estar muito
mais relacionada à cultura empresa-
Os modelos de processos agéis vie- rial e ao seu grau de alinhamento com
ram “importados” da área de Tecno- o “pensar” ágil do que com o processo
logia, que precisavam acelerar o ritmo em si, pois será fundamental se questio-
dos seus processos de desenvolvimen- nar, como organização, o quanto se está
to de softwares em meados dos anos preparado para uma mudança de “min-
90, e se difundiu mundialmente entre dset”, quais os desafios para a manifes-
os seus especialistas no suporte a “ges- tação de comportamentos ágeis e como
tão de projetos”. suportar a curva de aprendizagem para
uma mentalidade de “projetos”, “traba-
O conceito ágil se desdobra em inú- lho em rede” e processos colaborativos.
meros métodos, mas basicamente se Temas como poder, status, hierarquia,
concentra na formação de equipes de comandos, carreira, podem vir a mesa
projetos, num esforço temporário em- nesse tipo de implementação e atrapa-
preendido na busca de um resultado lhar os fluxos de trabalho.
específico, cujos projetos têm começo,
meio e fim mais definidos, planejados Temos como certo que os modelos ágeis
e em etapas, com colaboração e auto- vieram como uma nova resposta as ne-
-organização das equipes. cessidades do mercado e temos presen-
ciado inúmeras discussões e iniciativas,
A modelos ágeis têm como base algumas tímidas ou ousadas, mas presentes no
premissas como: 1) colocar o indivíduo e caminho ágile. Há disponibilidade para
as interações acima de processos e ferra- esse novo modelo, porém, cabe um olhar
mentas; 2) a solução em funcionamento cuidadoso sobre crenças e percepções,
mais do que uma predeterminação; 3) culturais e pessoais, no caminho dessa
colaboração com o cliente no cerne da sua construção de mentalidade, além de ape-
demanda, além do que está contratado; 4) nas para o método. Afinal, como diria o
responder rapidamente a mudança. célebre Peter Drucker: “A cultura devora
a estratégia no café da manhã”.
Fazem parte de sua expectativa de
trabalho: a) ciclos reduzidos de entre-
50 healthcaremanagement.com.br | edição 57 | HEALTHCARE Management
Modelos ágeis e as novas estruturas de trabalho
No trabalho de consulto- ga – pois não acompanham métodos AGATHA MACHADO ALVES
ria autônoma temos o tradicionais de processos; b) múltiplas Consultora Especialista em Desenvolvimento
privilégio de perceber entregas – pois o cliente pode ir acom- e Engajamento na 2human
na prática as tendên- panhando a evolução do resultado por
cias que capturam o partes; c) feedback do cliente como
foco dos negócios e quais as inclinações parte de construção da solução; d) alta
de escolha das empresas. Mais simples, adaptabilidade para o atendimento de
mais acessível, mais desapegado, mais necessidades e correções de rota.
ágil. Essas são as tendências do último
ano, independente do segmento e da Podemos pensar que ágil, ou ágile, é
cultura empresarial. somente um modelo a ser implantado, se
não considerarmos nosso modelo de fun-
As estruturas ágeis, ou ágiles, invadi- cionamento mental frente ao trabalho.
ram as discussões sobre produtividade Em geral, estamos habituados a estru-
e velocidade de resposta dos negócios, turas mais hierárquicos e burocráticas,
propondo novas formas de produção com atribuições relativamente definidas
coletiva de modelo mental frente às de- e escopo de especialidade delimitado.
mandas. Também sugerem uma nova
forma de ver processos, entregas, plane- O sucesso ou o fracasso de implemen-
jamento e até carreira. tar uma estrutura ágil pode estar muito
mais relacionada à cultura empresa-
Os modelos de processos agéis vie- rial e ao seu grau de alinhamento com
ram “importados” da área de Tecno- o “pensar” ágil do que com o processo
logia, que precisavam acelerar o ritmo em si, pois será fundamental se questio-
dos seus processos de desenvolvimen- nar, como organização, o quanto se está
to de softwares em meados dos anos preparado para uma mudança de “min-
90, e se difundiu mundialmente entre dset”, quais os desafios para a manifes-
os seus especialistas no suporte a “ges- tação de comportamentos ágeis e como
tão de projetos”. suportar a curva de aprendizagem para
uma mentalidade de “projetos”, “traba-
O conceito ágil se desdobra em inú- lho em rede” e processos colaborativos.
meros métodos, mas basicamente se Temas como poder, status, hierarquia,
concentra na formação de equipes de comandos, carreira, podem vir a mesa
projetos, num esforço temporário em- nesse tipo de implementação e atrapa-
preendido na busca de um resultado lhar os fluxos de trabalho.
específico, cujos projetos têm começo,
meio e fim mais definidos, planejados Temos como certo que os modelos ágeis
e em etapas, com colaboração e auto- vieram como uma nova resposta as ne-
-organização das equipes. cessidades do mercado e temos presen-
ciado inúmeras discussões e iniciativas,
A modelos ágeis têm como base algumas tímidas ou ousadas, mas presentes no
premissas como: 1) colocar o indivíduo e caminho ágile. Há disponibilidade para
as interações acima de processos e ferra- esse novo modelo, porém, cabe um olhar
mentas; 2) a solução em funcionamento cuidadoso sobre crenças e percepções,
mais do que uma predeterminação; 3) culturais e pessoais, no caminho dessa
colaboração com o cliente no cerne da sua construção de mentalidade, além de ape-
demanda, além do que está contratado; 4) nas para o método. Afinal, como diria o
responder rapidamente a mudança. célebre Peter Drucker: “A cultura devora
a estratégia no café da manhã”.
Fazem parte de sua expectativa de
trabalho: a) ciclos reduzidos de entre-
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